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Todos os detalhes da prisão de Arruda

As 17h50 de quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010, ficarão marcadas na história política brasileira. Este foi o momento em que o governador do Distrito Federal acabou se entregando

 
 
As 17h50 de quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010, ficarão marcadas na história política brasileira. Este foi o momento em que o governador do Distrito Federal acabou se entregando na Superintendência de Polícia Federal de Brasília, após o STJ ter decretado sua prisão preventiva e de outros cinco envolvidos na tentativa de suborno de uma testemunha do mensalão do Arruda. Por 12 votos a 2, os ministros entenderam que a tentativa de suborno do jornalista Edson Sombra foi uma maneira de interromper e atrapalhar as investigações feitas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF).
Cerca de 20 minutos antes, Arruda deixava a residência oficial de Águas Claras, de onde não saía desde que estourou a denúncia do suborno. Em comboio, cinco carros oficiais seguiam o governador. Ele dirigia seu próprio automóvel. Nos outros, poucas autoridades do governo. Entre eles, os secretários de Segurança Pública, Valmir Lemos, e de Transportes, Alberto Fraga, e o assessor de imprensa André Duda.
Entregar-se na Superintendência da PF foi uma estratégia adotada pelo governador. Enquanto os ministros do STJ referendavam a decisão do relator do inquérito da Caixa de Pandora, ministro Fernando Gonçalves, jornalistas e manifestantes se amontoavam em frente à residência oficial. Deixar a Polícia Federal cumprir o mandado de prisão preventiva daria ao Brasil uma imagem nunca antes vista: a de um governador preso no exercício do cargo.
Na tentativa de dificultar a captação de imagens, o trânsito chegou a ser bloqueado por policiais da Companhia de Trânsito da Polícia Militar no caminho entre Águas Claras e a Superintendência da PF, no Setor Policial Sul, em Brasília. Um helicóptero do Departamento de Operações Especiais (DOE) da Polícia Civil pousou na pista de acesso às instalações da Polícia Federal.
Até às 23h de ontem Arruda permanecia preso na sala de estado da PF. Com ele, o secretário Valmir Lemos. O governador só foi preso efetivamente quase duas horas depois de se apresentar aos federais, quando um oficial de justiça levou o mandado de prisão preventiva e entregou aos seus advogados. Além de permanecer na PF, ele tinha duas alternativas: ser transferido ou para o quartel general da Polícia Militar ou para o Batalhão de Polícia do Exército.
As expectativas do governador estavam depositadas em um habeas corpus protocolado minutos após a decisão do STJ no Supremo Tribunal Federal (STF) por seus advogados. O recurso foi distribuído ao ministro Marco Aurélio Mello, que solicitou mais informações sobre o caso. Inclusive pediu acesso ao inquérito que investiga a tentativa de suborno de Edson Sombra. Porém, ao considerar o caso “muito complicado”, afirmou que vai se pronunciar somente hoje.
 

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