As últimas ações da Polícia Federal fizeram acender o pisca-alerta no PMDB. Há três semanas, foi realizada uma ação no diretório do partido no Ceará, cujo objetivo foi procurar supostos materiais de campanha antecipada do deputado Eunício Oliveira. Há dois dias, foi a vez de um diretor do Banco da Amazônia (Basa), apadrinhado dos peemedebistas de Rondônia. E, agora, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) foi alvo de busca da PF no Ceará, justamente no mesmo dia em que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, desembarcou no estado para mais um ato da série de balanços do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Logo que ela chegou, o presidente da Funasa, Danilo Forte, tentou mostrar simpatia: “Ministra, a imprensa quer nos colocar um contra o outro”. Dilma, em tom sério, cortou a conversa no ato. “Falaremos disso outra hora”, disse ela, seguindo para seus compromissos pré-agendados. O balde de água fria que Dilma jogou no PMDB cearense vem justamente no dia em que a maior prefeitura peemedebista no estado, a de Iguatu, teve um engenheiro detido dentro da Operação Fumaça, desencadeada ontem pela PF, e que jogou os holofotes sobre a Funasa e os municípios do estado onde Danilo é candidato a deputado federal e Eunício Oliveira a senador.