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Impunidade: Investigações sobre passagens isentam deputados

Desde 2003, apenas servidores e agentes de viagens foram responsabilizados por comercialização irregular de bilhetes aéreos. Corregedoria da Câmara analisa casos revelados pelo Congresso em Foco

 
Se a Corregedoria da Câmara pedir a abertura de processo contra algum parlamentar por suspeita de venda de cota de passagens aéreas, esse será um feito inédito nas cercanias da Casa. Desde 2003, a Polícia Legislativa da Câmara fez pelo menos cinco investigações sobre comercialização de bilhetes destinados ao exercício dos mandatos parlamentares.
Até hoje, só foram indiciados servidores e agentes de viagens envolvidos nas irregularidades com bilhetes aéreos. Segundo o diretor da Coordenação de Polícia Judiciária, Antônio Carlos de Abreu, nunca houve provas de que deputados sabiam do que era feito com a cota de passagens deles.
Além das cinco apurações, a espécie de delegacia que funciona na Câmara analisa atualmente um caso de venda de passagens no qual o deputado
[url=http://congressoemfoco.ig.com.br/noticia.asp?cod_canal=1&cod_publicacao=27921][u][color=#000080]Nazareno Fontes (PT-PI) afirma ter sido vítima de um crime[/color][/u][/url]. Ele fez a denúncia ao ver seu nome listado na [url=http://congressoemfoco.ig.com.br/noticia_list.asp?ct=85][u][color=#000080]série de reportagens[/color][/u][/url] do [b]Congresso em Foco[/b] sobre a farra aérea. Como resultado, Nazareno demitiu uma funcionária. Segundo Abreu, ela foi responsável por um desvio de aproximadamente R$ 50 mil em passagens.  

Os inquéritos feitos nos últimos seis anos foram todos remetidos ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Exceto um, aberto em 2005: a falsificação da assinatura da ex-deputada Thaís Bergo Barbosa (PMDB-MT) acabou indo parar na Justiça Federal. O Ministério Público Federal foi acionado e identificou o uso ilegal das passagens pelo então deputado Lino Rossi (PP-MT) e abriu processo criminal em que acusa Rossi, assessores e agentes de viagens de estelionato, peculato e crime contra a administração pública.
Passados quatros anos, ninguém foi condenado ou absolvido. Uma das últimas fases do processo foi o depoimento à Justiça de uma ex-funcionária da Varig. A depoente, Jussara Souza, disse, em entrevista ao [b]Congresso em Foco[/b], que é impossível que nenhum deputado soubesse que suas cotas fossem comercializadas.
・Só podia ser comercializada com a assinatura deles. Era uma prática. Era e é・, asseverou ela. ・Eu acredito que o deputado não sejam nenhum otário. Você acredita nisso?・
[b]Só  servidores
A Comissão de Sindicância da Câmara para apurar o comércio de passagens entregou o relatório ao presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), na quinta-feira (23). Entretanto, o grupo pediu a abertura de processo apenas contra 44 servidores e ex-servidores. As atividades dos deputados foram relatadas, mas a comissão se limitou apenas a encaminhar os casos à Corregedoria da Câmara, segundo a assessoria da instituição.
O corregedor, deputado ACM Neto (DEM-BA), afirmou ao [b]Congresso em Foco[/b] que desconhecia que todas as apurações sobre passagens feitas antes pela Casa tinham isentado os colegas de culpa. Ele disse que o trabalho de investigação a ser feito agora deverá separar quem sabia de quem não sabia que suas cotas eram comercializadas.
・Tem que ser possível, porque senão vão pairar dúvidas sobre inocentes・, disse ACM Neto. O deputado acredita que, caso haja comprovação da venda por parte do parlamentar, está configurada a quebra de decoro e a necessidade de abertura de processo no Conselho de Ética. Em uma eventual última fase, o Conselho pode sugerir a cassação do mandato do deputado, que terá de ser aprovada em votação secreta no plenário.
As afirmações de ACM repetem as palavras de Temer. Em de 24 de junho, o presidente da Câmara lembrou que os ・casos graves・ resultariam em processo. ・Se houver venda de cota de passagens, não há dúvida que isso vai para a Corregedoria, para o Conselho de Ética, etecétera, etecétera e etecétera・, disse o peemedebista.
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