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Fundação de Sarney dá verba da Petrobrás a empresas fantasmas

A Fundação José Sarney - entidade privada instituída pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para manter um museu com o acervo do período em que foi presidente da República - desviou para empresas fantasmas.

[b]Fundação de Sarney dá verba da Petrobrás a empresas fantasmas
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A Fundação José Sarney – entidade privada instituída pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para manter um museu com o acervo do período em que foi presidente da República – desviou para empresas fantasmas e outras da família do próprio senador dinheiro da Petrobrás repassado em forma de patrocínio para um projeto cultural que nunca saiu do papel.
Do total de R$ 1,3 milhão repassado pela estatal, pelo menos R$ 500 mil foram parar em contas de empresas prestadoras de serviço com endereços fictícios em São Luís (MA) e até em uma conta paralela que nada tem a ver com o projeto. Uma parcela do dinheiro, R$ 30 mil, foi para a TV Mirante e duas emissoras de rádio, a Mirante AM e a Mirante FM, de propriedade da família Sarney, a título de veiculação de comerciais sobre o projeto fictício.
[b]Entidade diz que metas do contrato foram cumpridas
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Em resposta às perguntas encaminhadas pelo Estado no início da manhã de ontem, a Fundação José Sarney informou que foram cumpridas “todas as metas privilegiadas no contrato de patrocínio da Petrobrás”. Argumentou ainda que as empresas de comunicação da família Sarney receberam recursos em razão da “média de audiência comprovada” no Maranhão. A resposta enviada ao ?Estado? é assinada pelo presidente da entidade, José Carlos Sousa e Silva. Ele confirma que R$ 100 mil foram repassados a uma “conta administrativa” da fundação. Alegou que o recurso foi usado para “pagamento de projetos”. Informa ainda que os outros R$ 45 mil transferidos a essa conta paralela foi um “remanejamento”. O montante, explicou, foi devolvido logo depois à conta criada para o projeto. A Fundação José Sarney enviou ainda cópia do termo de recebimento de prestação de contas enviado à Petrobrás.
[b]Sede de museu é centro de disputa judicial
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O museu que José Sarney montou no histórico Convento das Mercês, construído em 1654, é um monumento à auto-exaltação. Quem passeia pelos corredores largos do prédio centenário, com piso de madeira cuidadosamente lustrada, depara-se com fotografias de família, presentes que Sarney ganhou quando era presidente e quadros que emolduram as capas dos livros escritos por ele, dentre os quais O dono do mar – na versão dos adversários políticos, “O dono do Maranhão”.
[b]Funcionários do Senado estão em lista de cursos
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Funcionários do Senado aparecem em listas para comprovar a execução de cursos pagos pela Petrobrás destinados ao museu do senador José Sarney (PMDB-AP) e até mesmo cumprindo expediente na fundação do presidente do Congresso. Ana Maria Coelho Ferreira mora em São Luís e entrou no Senado em 2003 para trabalhar com a então senadora e hoje governadora Roseana Sarney (PMDB). Hoje, é lotada no gabinete do suplente de Roseana, Mauro Fecury (PMDB-MA), segundo o Portal de Transparência do Senado.

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