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Em 1985, nomeação de Roseana no Senado foi mantida em segredo

Em 1986, a Folha revelou que Roseana Sarney, filha do então presidente da República José Sarney, fora nomeada um ano antes junto com parentes de outros 25 senadores em uma decisão mantida em segredo.

Esta não é a primeira vez que um membro da família Sarney é apontado como beneficiário de um atos sigilosos. Em 1986, a Folha revelou que Roseana Sarney, filha do então presidente da República José Sarney, fora nomeada um ano antes junto com parentes de outros 25 senadores em uma decisão mantida em segredo. Na realidade, o grupo de 60 pessoas começou a ingressar na folha de pagamento do Senado em 1981, no início da legislatura, sem concurso. Por indicações políticas, foram nomeados “assessores técnicos”.
Deveriam deixar o Parlamento em 1985, com o fim do mandato dos padrinhos políticos, mas foram transformados em funcionários do quadro permanente pelo ato 6/85 do então presidente do Senado, Moacyr Dalla (PDS-ES). Ganharam a função de “técnico de legislação e orçamento” e a estabilidade dos servidores estatutários. As efetivações só foram descobertas após a publicação pelo Senado de um almanaque de funcionários da Casa. A Folha localizou o ato que permitiu a entrada de Roseana no Senado. Foi assinado em novembro de 1984, por Moacyr Dalla. Ela foi lotada no gabinete do pai. Roseana foi procurada, mas não comentou o caso por meio de sua assessoria.
[b]Ato secreto é crime, afirma procurador
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O procurador do Ministério Público junto ao TCU (Tribunal de Contas da União), Marinus Marsico, declarou ontem que os funcionários do Senado que impediram a publicação de atos administrativos cometeram crime de improbidade. Como punição, a lei prevê o ressarcimento dos danos, a perda de bens, a cassação dos direitos políticos e a detenção de seis a dez meses.
Segundo Marsico, até então se sabia apenas que existiam atos secretos, o que poderia gerar punição administrativa. Mas a informação de que os atos não eram publicados de propósito também demonstrou que existiu crime: “Isso porque havia uma ordem para não publicar”.

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