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Documento bancário prova favor de empreiteira à família Sarney

Documentos obtidos pelo Estado comprovam o favor prestado pela empreiteira Aracati - hoje Holdenn Construções, Assessoria e Consultoria - à família do presidente do Congresso, o senador José Sarney (PMDB-AP).

Documentos obtidos pelo Estado comprovam o favor prestado pela empreiteira Aracati – hoje Holdenn Construções, Assessoria e Consultoria – à família do presidente do Congresso, o senador José Sarney (PMDB-AP). Os comprovantes da transação mostram que a Aracati comprou à vista pelo menos um dos apartamentos usados pelos filhos e netos de Sarney nos Jardins, em São Paulo. No mínimo, a empresa fez ao deputado um grande favor: comprou o apartamento à vista e, depois, o repassou a José Sarney Filho (PV-MA) em condições facilitadas. Pela versão do deputado e da Aracati, a própria empreiteira teria dividido o pagamento em prestações – Zequinha Sarney não precisou de financiamento nem de intermediação de qualquer instituição financeira.
O dono da empresa é Rogério Frota de Araújo, amigo dos filhos do senador Sarney. Os documentos atestam que a Aracati pagou R$ 270 mil pelo imóvel, por meio de duas transferências bancárias, efetuadas em 20 de fevereiro de 2006, data em que a empreiteira assinou a escritura. O Estado revelou em 16 de agosto que dois dos três apartamentos usados pela família em São Paulo, no Solar de Vila América, na Alameda Franca, estão registrados em nome da empreiteira. Na ocasião, Zequinha assumiu ser o proprietário de fato de um dos dois apartamentos comprados pela Aracati. O imóvel – adquirido em 2006, mas até hoje registrado em nome da empresa – serve a um dos filhos do deputado, Gabriel, que estuda na cidade de São Paulo. O segundo apartamento, comprado pela Aracati no mesmo período, já hospedou o próprio senador Sarney.
[b]Holdenn e Zequinha se recusam a dar esclarecimentos
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Nos últimos dias, o Estado procurou os proprietários da Holdenn e o deputado Zequinha Sarney (PV-MA), em busca de esclarecimentos sobre a compra do apartamento. À Holdenn, foram enviadas na quarta-feira três perguntas acerca das condições em que se deu transação. Em e-mail remetido na noite de ontem, a empresa afirmou que não dará mais informações sobre o assunto. E disse estranhar as perguntas do jornal. “A empresa dá por encerrada toda e qualquer informação a respeito do assunto, por considerá-lo totalmente esclarecido”, diz a nota. No dia 18 de agosto, o Estado enviou à empresa outro rol de perguntas, nunca respondidas. A Zequinha Sarney também foram enviadas três perguntas. Em resposta, sua assessoria informou que o deputado mandou que fosse reencaminhada ao Estado a nota distribuída por ele em 16 de agosto, data da primeira reportagem sobre o assunto. 

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