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Ato secreto garante emprego no Senado a filha de aliado de Sarney

Aspirante a modelo, a jovem Nathalie Rondeau foi nomeada em 26 de agosto de 2005, por meio de um ato secreto, para trabalhar no Conselho Editorial do Senado.

Aspirante a modelo, a jovem Nathalie Rondeau foi nomeada em 26 de agosto de 2005, por meio de um ato secreto, para trabalhar no Conselho Editorial do Senado. Nathalie, 23 anos, é filha de Silas Rondeau, ex-ministro de Minas Energia, afilhado político do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Com 13 livros publicados, imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), Sarney preside o Conselho Editorial desde 2002. Nesse período, como revelam cópias de atos secretos obtidos pelo Estado, Sarney conseguiu empregar pessoas de sua ligação, aumentar salários e multiplicar o número de cargos existentes no órgão. Quando Nathalie ganhou o emprego – com salário de R$ 2,5 mil -, o senador já comandava o órgão. A jovem entrou no Senado um mês e meio depois de Silas Rondeau ser indicado pelo próprio Sarney para assumir o Ministério de Minas e Energia. A assessoria de Sarney afirmou que a publicação referente à nomeação da jovem não foi publicada de forma transparente em 2005 “por erro técnico”.

 
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Novo diretor assinou nomeação da modelo

 
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A nomeação de Nathalie Rondeau para trabalhar no Conselho Editorial do Senado foi assinada pelo ex-diretor adjunto e hoje diretor-geral, José Alexandre Gazineo. Ele tem negado desde a semana passada a existência de atos secretos dentro da Casa e alega que apenas assinava o que o então diretor-geral Agaciel Maia determinava. O argumento não tem convencido e põe o atual diretor, que comanda um orçamento de R$ 2,7 bilhões, sob pressão. Parlamentares exigem a saída do diretor-geral, que assumiu o cargo em março. Consideram insustentável sua permanência no comando administrativo da Casa. Gazineo, que trabalhou cinco anos como adjunto de Agaciel, também tem sido aconselhado por amigos a deixar a função nos próximos dias. Sarney resiste a tomar a decisão de afastá-lo. Não esconde, porém, que pretende colocar no lugar dele a diretora-geral adjunta, Doris Marize Romariz Peixoto, que assumiu esse cargo há dois meses. O nome dela seria uma forma de pôr no comando administrativo do Senado alguém com a mesma confiança que depositava em Agaciel Maia. Antes de assumir a direção adjunta, Doris era chefe de gabinete da senadora Roseana Sarney (PMDB-MA).

 

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