O TST (Tribunal Superior do Trabalho) fixou hoje que o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal paguem um abono de R$ 1.000 para todos os funcionários. Esse abono deverá ser pago em até dez dias úteis.
A decisão foi tomada durante julgamento do dissídio da greve dos funcionários do BB e da CEF, ajuizado pela (Confederação Nacional dos Trabalhadores das Empresas de Crédito).
O TST também fixou em 8,5% o índice de reajuste dos funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Para quem ganha até R$ 1.500, será pago um abono adicional de R$ 30.
Com essa decisão, o TST melhorou a proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), que previa o reajuste dos mesmos 8,5% mas sem o abono de R$ 1.000.
No entanto, a decisão do TST é inferior à reivindicação dos bancários, que pediam 19% de reajuste salarial.
Como o julgamento só vale para o BB e CEF, não se sabe se os demais bancos pagarão o mesmo percentual de reajuste.
O presidente da CNB-CUT, Vagner Freitas, disse que tentará retomar amanhã a negociação com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). É preciso negociar as cláusulas sociais e PLR (participação nos lucros) dos funcionários do BB e CEF.
Dias parados
O TST determinou o pagamento de 50% dos dias parados pelo BB e CEF e a compensação dos outros 50% com horas extras pelos funcionários dos dois bancos.
Dessa forma, os funcionários poderão ser obrigados a compensar até 15 dias, já que a greve durou 30 dias em algumas capitais de 15 de setembro a 14 de outubro.
