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Técnico extraditado de Portugal é condenado

O 1º Tribunal do Júri condenou Samuel Rodrigues de Jesus a seis anos de reclusão pelo assassinato de Reginaldo Teixeira Guerra, em 9 de fevereiro de 1999. A sessão foi presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara que elogiou o empenho da 1º Vara Criminal de Goiânia para que o réu, que estava foragido, morando no exterior , fosse localizado: "Precisamos mudar essa mentalidade de que os brasileiros acusados de determinados crimes que conseguem fugir para fora do País jamais são pegos.

O 1º Tribunal do Júri condenou Samuel Rodrigues de Jesus a seis anos de reclusão pelo assassinato de Reginaldo Teixeira Guerra, em 9 de fevereiro de 1999. A sessão foi presidida pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara que elogiou o empenho da 1º Vara Criminal de Goiânia para que o réu, que estava foragido, morando no exterior , fosse localizado: “Precisamos mudar essa mentalidade de que os brasileiros acusados de determinados crimes que conseguem fugir para fora do País jamais são pegos. Isso não é verdade, uma vez que nossa função é buscar a Justiça e verdade sempre, onde quer que elas estejam”, afirmou o juiz.

Para o êxito das buscas, Jesseir oficiou em outubro de 2006 à Interpol pedindo a localização de Samuel e solicitou ao Itamaraty que providenciasse sua prisão e extradição. Em dezembro de 2007 o juiz recebeu um comunicado da Divisão de Medidas Compulsórias do Ministério da Justiça, assinado por Humberto Alves de Mendonça, informando que Samuel havia sido preso em Portugal.

As qualificadoras foram rejeitadas pelo Conselho de Sentença que acatou a tese desclassificatória sustentada em plenário tanto pelo Ministério Público quanto pela defesa. Os jurados entenderam haver em favor do réu as circunstâncias atenuantes da influência de violenta emoção e da confissão espontânea. Porém, acreditaram ser ele o autor das lesões que levaram a vítima à morte.

De acordo com denúncia formulada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO), o técnico em iluminação Samuel Rodrigues, de 31 anos, e o músico Ermantino Barbosa de Souza Júnior, o Xexéu, assassinaram em 9 de fevereiro de 1999, por motivo torpe e empregando meio cruel, Reginaldo Teixeira Guerra. Segundo o MP, na manhã de 8 de fevereiro de 1999, por suspeitar que Ermantino estaria “mexendo” com sua companheira, Ana Lúcia Martins, Reginaldo deu-lhe uma surra.

No mesmo dia, conforme relatou o MP, por volta das 22 horas, os denunciados, a vítima e Divânio Pires da Fonseca se encontraram no Bar do João, localizado na Vila Morais, onde passaram a beber cerveja. Os quatro dirigiram-se então à casa de Ermantino, que chegou a pegar uma faca com o objetivo de se vingar da surra que havia levado. No entanto, Samuel conseguiu desarmá-lo. Em seguida, em companhia da vítima e de Divânio, dirigiram-se para outro bar, situado no Bairro Feliz, onde beberam mais cerveja.

Por volta das 2 horas, retornaram à Vila Morais. Nas imediações de uma oficina mecânica, segundo os autos, a vítima aproximou-se de um portão e abaixou-se para acariciar dois cães que estavam no local. Nesse momento, Divânio deu-lhe um murro fazendo com que caísse no chão e, ao ver os dois denunciados baterem na vítima, esmurrando-a e chutando-a, pediu para que parassem e afastou-se do local indo para sua casa. Após o pedido de Divânio, os dois agressores cessaram com o espancamento e foram para a casa de Ermantino de onde resolveram voltar ao local para “dar cabo” da vida de Reginaldo.

Ao perceberem que ele ainda estava caído no chão, ambos pegaram uma carteira escolar e, com crueldade, passaram a golpear sua cabeça. A vítima tentou ainda se levantar, porém foi atingida por outros golpes. Ermantino e Samuel usavam a parte de madeira e a haste de ferro da carteira, o que lhe causou a morte por traumatismo craniano.

Ermantino Barbosa de Souza Júnior já foi condenado em fevereiro deste ano a seis anos de prisão pelo 1º Tribunal do Júri em sessão presidida pela juíza Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira. Já Divânio não foi denunciado pelo homicídio.

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