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Polícia Federal treina policiais africanos

Trinta policiais de países africanos de língua portuguesa — Moçambique, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe —, apostam na informação de qualidade e capacitação para ajudar na reconstrução de suas nações, desfiguradas por lutas pela independência de Portugal e longas guerras civis. Alguns dos policiais de Guiné-Bissau nunca dispararam um único tiro e não sabem manusear arma ou têm viaturas para o trabalho policial. Laudos técnicos para apuração de crimes comuns representam uma sofisticação muito distante da realidade de São Tomé e Príncipe. A informática agora é que começa a bater à porta das força de segurança de Moçambique. Realidade que o grupo espera alterar, a partir do curso de 400 horas oferecido a eles pelo Brasil, por meio da Academia Nacional de Polícia Federal, em Brasília.

Trinta policiais de países africanos de língua portuguesa — Moçambique, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe —, apostam na informação de qualidade e capacitação para ajudar na reconstrução de suas nações, desfiguradas por lutas pela independência de Portugal e longas guerras civis. Alguns dos policiais de Guiné-Bissau nunca dispararam um único tiro e não sabem manusear arma ou têm viaturas para o trabalho policial. Laudos técnicos para apuração de crimes comuns representam uma sofisticação muito distante da realidade de São Tomé e Príncipe. A informática agora é que começa a bater à porta das força de segurança de Moçambique. Realidade que o grupo espera alterar, a partir do curso de 400 horas oferecido a eles pelo Brasil, por meio da Academia Nacional de Polícia Federal, em Brasília.

Durante dois meses, os policiais africanos, entre eles duas mulheres, vão aprender com a PF desde o básico da atividade policial, como técnicas de abordagem, tiro e direção defensiva, até a montagem de um serviço de inteligência para enfrentamento da criminalidade. “Eu só tenho uma vontade: adquirir conhecimento para colocá-lo a serviço do bem da nossa comunidade”, afirma Eurico Estêvão Daniel Jonas, de 44 anos, da Polícia Judiciária de Moçambique.

O mesmo sentimento é demonstrado também por Alfa Umaro Bari, um muçulmano de Guiné-Bissau que não se preocupa com o alto nível de degradação do Estado em seu país e consegue ver um horizonte melhor a partir de do curso. “Esse treinamento é de importância capital. Não tenho palavras para descrever o que significa para nós”, confessa com a voz embargada pela emoção.

A dureza dos treinamentos oferecidos pela PF também não assusta a policial da Interpol de São Tomé e Príncipe Litícia da Graça Espírito Santo e Silva. Há três anos na polícia, ela revela, sem qualquer constrangimento, que passa por grandes dificuldades para conter crimes de pouca complexidade, como homicídios e furtos nas ruas, já que um laudo de perícia exige o envio do material para ser analisado em Lisboa, capital de Portugal. São pouco mais de 100 policiais para uma população de 169 mil pessoas. “Não temos recursos materiais e nossa sorte é que, até o momento, temos poucos registros da ação da criminalidade organizada no tráfico de drogas e de pessoas. Estamos apostando na força de vontade e na capacidade de superação para alterar esse quadro”, afirma Litícia.
 

 

 

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