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Polícia Federal confiscou US$ 6 milhões do crime no Rio

Na segunda-feira passada, um grupo de 27 policiais federais chegou em silêncio às 6h a uma casa em Guapimirim. Uma hora depois, sem que fosse necessário sequer um tiro, 14 traficantes armados com fuzis e munição suficientes para sustentar um longo tiroteio estavam dominados, algemados e de partida para a cadeia na caçamba dos carros da PF. Era o fim de uma operação que começou a ser planejada seis meses antes no setor de inteligência da Missão Suporte — um grupo formado por 50 policiais federais e que nos primeiros dez meses deste ano já confiscou US$ 6 milhões (cerca de R$ 16, 8 milhões) e mais de R$ 700 mil em espécie do crime organizado que atuava no Rio.

Na segunda-feira passada, um grupo de 27 policiais federais chegou em silêncio às 6h a uma casa em Guapimirim. Uma hora depois, sem que fosse necessário sequer um tiro, 14 traficantes armados com fuzis e munição suficientes para sustentar um longo tiroteio estavam dominados, algemados e de partida para a cadeia na caçamba dos carros da PF. Era o fim de uma operação que começou a ser planejada seis meses antes no setor de inteligência da Missão Suporte — um grupo formado por 50 policiais federais e que nos primeiros dez meses deste ano já confiscou US$ 6 milhões (cerca de R$ 16, 8 milhões) e mais de R$ 700 mil em espécie do crime organizado que atuava no Rio.

— Quando os bandidos perceberam algo estranho no local, já estavam com as armas dos policiais apontadas e não tiveram condições de reação. Alguns traficantes ainda dormiam — disse o chefe da operação, delegado José Mariano Beningá Beltrame, de 47 anos, gaúcho de Santa Maria e coordenador da Missão Suporte.

Apesar de estar baseada no Rio (ocupa nove salas de um corredor escondido no segundo andar da Superintendência da PF do Rio, na Praça Mauá) a Missão Suporte tem atacado o crime em todo o Brasil.

— Estamos evitando que drogas e armas cheguem aos traficantes nos morros. A luta contra o tráfico de drogas é sem tréguas, que precisamos manter, sob pena de assistirmos a falência do Estado. A droga é procedente de outros países vizinhos ao nosso, que para chegar ao destino passa por outras unidades da federação. A atuação isolada da polícia apenas no Rio não teve resultados satisfatórios. Ao contrário: permitiu que a violência proliferasse — disse o delegado José Beltrame.

Foi investigando o crime organizado que os policiais federais do Rio acabaram esclareceram outro crime: o assassino do sertanista Apoena Meirelles, morto por um rapaz de 17 anos, de classe média. O jovem foi preso em outubro (mesmo mês do crime) pela Polícia Civil de Rondônia com informações passadas pelos agentes da Missão Suporte.

Ex-presidente da Funai, Apoena Meirelles, de 55 anos, foi assassinado com dois tiros durante um suposto assalto quando deixava a agência do Banco do Brasil em Porto Velho, capital de Rondônia.

Trabalhando com tecnologia de primeira, investigação de rua e inteligência, o grupo de policiais da Missão Suporte já confiscou bens de traficantes no Rio, em São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Rondônia, Bahia e Pernambuco.

— Estamos provando que investimento em segurança pública é fundamental, quando o dinheiro é aplicado em tecnologia, inteligência e policiais especializados — afirma o delegado federal José Beltrame.

A Missão Suporte foi idealizada há cinco anos pelo delegado federal Luis Fernando Corrêa, atual secretário Nacional de Segurança Pública, mas sua implantação somente aconteceu em agosto de 2003, por decisão do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que se empenhou na captação de recurso. Com cerca de 90% dos policiais federais vindos de outros estados, os críticos da missão acreditam que o projeto é um poço sem fundo de dinheiro.

— Com tanto dinheiro e equipamento é fácil fazer bom trabalho — reclamou um policial federal que preferiu não se identificar.

Somente este ano deveriam ser destinados ao projeto cerca de R$ 8 milhões. No ano passado, o repasse de recursos também falhou em vários momentos. Como o dinheiro não foi liberado este ano pelo Ministério da Justiça e temendo a interrupção de inúmeras operações em curso, o diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, tem cumprido os compromissos retirando dinheiro do orçamento do próprio Departamento da Polícia Federal.

— É possível que na ponta do departamento , o dinheiro não esteja chegando. Mas o trabalho da Missão Suporte vale o esforço — afirmou um outro policial.

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