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Polícia do DF denuncia a Claro de sonegar informações exigidas pela Justiça

Diversas e importantes investigações criminais conduzidas pela Polícia Civil do Distrito Federal estão sendo comprometidas. Tudo porque, há dois meses, a empresa de telefonia móvel Claro vem sonegando informações a respeito de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. O diretor do Departamento de Atividades Especiais, delegado Celso Ferro, ameaçou prender amanhã o diretor regional da Claro, Eduardo Nubisco, caso a empresa não colabore. - Ele vai ser preso em flagrante por desobediência - disse Ferro.

Diversas e importantes investigações criminais conduzidas pela Polícia Civil do Distrito Federal estão sendo comprometidas. Tudo porque, há dois meses, a empresa de telefonia móvel Claro vem sonegando informações a respeito de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. O diretor do Departamento de Atividades Especiais, delegado Celso Ferro, ameaçou prender amanhã o diretor regional da Claro, Eduardo Nubisco, caso a empresa não colabore. – Ele vai ser preso em flagrante por desobediência – disse Ferro.

De acordo com o delegado, o serviço de inteligência da polícia está conseguindo gravar as conversas telefônicas dos investigados, porém não tem acesso a qualquer outro dado. Não é possível saber de onde o investigado está ligando, para quem ele ligou ou de quem está recebendo uma ligação. Nem a data e a hora em que as conversas são gravadas a polícia tem acesso.

A Claro informou, em nota oficial, que ”cumpre com todas as obrigações legais na prestação de informações às autoridades judiciais e policiais. E que se encontra à disposição das autoridades para fornecer as informações necessárias às investigações, dentro dos limites legais”.

Segundo Ferro, a Claro somente está fornecendo esses dados, mediante solicitação, apenas uma ou duas semanas depois que as gravações foram feitas. E, segundo o delegado, não há garantias sequer de que os dados repassados são precisos.

– Nós precisamos ter acesso a esses dados em tempo real – afirmou.

O delegado explicou que a empresa de telefonia desenvolveu um sistema incompatível com o sistema de gerenciamento de interceptações da polícia brasiliense. E isso ocorre, acusou Ferro, embora o sistema adotado no Distrito Federal seja o mais avançado do País.

A Polícia Civil já enviou documento para a Claro, informando que vai prender o diretor da empresa 48 horas após o recebimento do ofício, caso os dados continuem sendo sonegados. O prazo termina às 13h de amanhã.

Celso Ferro informou ainda que a empresa está concentrando em único departamento, no Rio de Janeiro, o controle sobre todas as escutas telefônicas feitas no Brasil, em suas linhas.

– Isso cria muitos riscos. É uma empresa privada fiscalizando uma atribuição que é do Ministério Público.

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