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Para juiz a adoção é forma de prevenir criminalidade de adolescentes

O magistrado observou que os atos infracionais registrados na comarca cometidos por adolescentes, ocorrem em grande parte pela ausência dos pais, seja física ou psicológica, neste caso, o adolescente possui uma família, mas não recebe carinho e educação.

Mais duas comarcas do interior do Estado, Diamantino (a 208 km a médio norte de Cuiabá) e Terra Nova do Norte (a 675 km ao norte de Cuiabá), promoveram ações para mobilizar a sociedade local em prol da Campanha Permanente Adotar é Legal, da Comissão Estadual Judiciário de Adoção (Ceja), ligada à Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso. Em Diamantino, o juiz designado para a Vara Especializada de Infância e Juventude, que também responde pela Vara Criminal e Juizados Especiais Cível e Criminal, Luiz Fernando Voto Kirche (ao lado), incentiva a uma reflexão: “adotar é um ato de amor e uma forma de combate à criminalidade”.    
   
O magistrado observou que os atos infracionais registrados na comarca cometidos por adolescentes, ocorrem em grande parte pela ausência dos pais, seja física ou psicológica, neste caso, o adolescente possui uma família, mas não recebe carinho e educação. Considera a questão do adolescente em conflito com a lei um dos grandes problemas da sociedade. “São pessoas sem motivação”, relatou o magistrado. Uma das soluções apontadas é justamente a adoção das crianças abrigadas por famílias estruturadas e conscientes, que lhes dêem atenção e amor.
 
E para levar informações a um número maior de pessoas, nesta quinta-feira (29 de maio), magistrados e servidores da Comarca de Diamantino foram às ruas da cidade para realizar a distribuição de panfletos a motoristas e pedestres da região próxima ao Fórum. Participaram os juízes Jeverson Luiz Quinteiro, Helícia Vitti Lourenço e Tatyana Lopes de Araújo, além do juiz da Infância e Juventude, Luis Fernando Kirche, que também pretende levar os materiais explicativos e vídeos para as escolas, como um meio de formar essa consciência nas crianças, que também podem servir de multiplicadores nas próprias famílias.
 
Em Diamantino, o abrigo Anjo Gabriel possui oito crianças, sendo duas disponíveis para adoção. Quatro crianças estão em casas de famílias em fase de convivência para buscarem conhecimento mútuo e criar vínculo afetivo, com acompanhamento da equipe multidisciplinar e do magistrado. Porém, a maior dificuldade apontada pelo juiz Luis Fernando Kirche é com relação aos pretendentes. Atualmente não há interessados cadastrados, e os que procuram o Juízo para obter informações demonstram interesse em adotar bebês ou crianças muito pequenas.    
 
Esclarecimentos – Na Comarca de Terra Nova do Norte, por sua vez, a campanha Adotar é Legal foi divulgada nas emissoras de rádio e televisão locais, pelo juiz Érico de Almeida Duarte, da Vara Única. Também foram distribuídos panfletos no centro da cidade com as informações sobre como adotar uma criança e uma servidora ficou responsável por atender as pessoas que procuraram o Fórum para tirar as dúvidas sobre o processo de adoção.

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