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Operação Anaconda pode agir em Estados antes do ano-novo

Novos desdobramentos da Operação Anaconda são aguardados entre o natal e o ano-novo.

Novos desdobramentos da Operação Anaconda são aguardados entre o natal e o ano-novo.

Em entrevista à revista Consultor Jurídico, a procuradora da República em São Paulo, Janice Agostinho Ascari, afirmou:

“Estamos aguardando a confecção dos ofícios do Tribunal Regional Federal e quando tivermos as cópias necessárias daremos continuidade a isso, em outros estados com as respectivas procuradorias. Isso começa a acontecer antes do ano-novo”.

Janice Ascari avalia que, apesar de tudo o que já foi noticiado, “a Operação Anaconda ainda está no início e muitas pessoas e situações ainda começam a ser averiguadas Há muita coisa para ser feita”.

A procuradora admite que muitas investigações da Anaconda começam a se processar “no exterior” e que a ajuda da CPI na operação, anunciada pelo senador Antero Paes de Barros, “será muitíssimo bem vinda”.

Janice Ascari alerta que além dos denunciados já noticiados, muita gente ainda será denunciada criminalmente pelo MPF paulista. “Há outros a serem denunciados, há participação de muito mais pessoas”, diz Janice.

Quando se fala em desdobramentos a outros estados, leia-se Rio Grande do Sul e Pará, sobretudo. No RS, há um total de R$ 3,4 milhões enviados para o escritório de um advogado e ex-policial civil afastado da corporação por suspeita de crimes.

Tudo isso mais um pouco gerou um rombo de R$ 5,9 milhões nas contas da Cooperativa Tritícola Erechim Ltda (Cotrel). A soma foi enviada pela cooperativa para contas de um grupo que prometia quitar débitos da Cotrel com a Previdência. O dinheiro jamais bateu no INSS.

O delegado da Polícia Federal que investigava o caso, Mário Vieira, desabonou a cooperativa de acusações. E a apontava como vítima de estelionatários. Policiais que atuavam no caso tiveram uma viagem para São Paulo paga pela Cotrel quando a entidade era investigada.

O investigado agora é o advogado paulistano P.R.V.S., ex-policial e dono da empresa de consultoria Paesp. Consta que entre 2000 e 2001, ele e os sócios receberam quase R$ 6 milhões em depósitos bancários da Cotrel.

No Pará, os elos investigados estão na indústria de sardinhas Gomes da Costa — a segunda maior do setor, com faturamento de R$ 230 milhões este ano —, envolvida num inquérito de uso de títulos podres para o pagamento de dívidas junto ao INSS. Um dos sócios da empresa, Ismar Machado Assaly, chegou a ser indiciado pelo delegado federal Rivelino Pantoja.

A PF tem uma gravação onde o delegado Jorge Luiz Bezerra, de Maceió (as investigações da Anaconda começaram nele), oferece propina a Pantoja para livrar o empresário do caso. Outro documento mostra que o delegado conseguiu reverter o indiciamento do empresário.

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