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OAB X STF: juiz não pode viver encastelado em torres de marfim

Britto lembrou que o advogado, nesse sentido, atua como "um porta-voz das ruas" nos tribunais, pois ele é o primeiro a sentir os efeitos da morosidade judicial, da burocracia e da arrogância de "alguns juízes".

O presidente nacional da OAB, Cezar Britto, rebateu ontem (08) as críticas feitas à entidade pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, afirmando que os magistrados, apesar da independência e liberdade necessárias ao exercício de suas funções, não podem viver “encastelados em torres de marfim” e distantes da realidade das ruas. Britto lembrou que o advogado, nesse sentido, atua como “um porta-voz das ruas” nos tribunais, pois ele é o primeiro a sentir os efeitos da morosidade judicial, da burocracia e da arrogância de “alguns juízes”.

 Britto lembrou que  “se isso não fosse necessário a OAB não teria ido às ruas, ao lado da sociedade civil organizada, pedir o impecahment de um presidente da República corrupto; não teria gritado pelas liberdades democráticas e pelas diretas-já  e nem teria promovido  na última quarta-feira, dia 6, juntamente com Ajufe, AMB e Anamatra, além de inúmeros juízes, a grande passeata contra a PEC do Calote, “o maior retrocesso e o maior ataque à democracia desde o fim da ditadura militar”.

 Britto questionou ainda a coerência de Gilmar criticar o Quinto Constitucional, que permite o ingresso do advogado na magistratura ao recordar que o próprio presidente do STF nunca sequer foi juiz de carreira e ingressou no Tribunal logo após ter sido advogado-geral da União do governo FHC. “A ausência desse requisito não o impede de ser ministro do STF em sua plenitude”, disse Cezar Britto.

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