O pré-candidato a prefeito pelo PP, Paulo Maluf, criticou, na manhã desta sexta-feira, a quebra de seu sigilo bancário nos EUA por uma juíza de São Paulo, classificando a medida como “inóqua”.
“Em primeiro lugar, quero dizer que não tenho, como nunca tive, conta nos EUA. Em segundo lugar, quero dizer que esta quebra de sigilo é inóqua, a Justiça estadual não tem poder para isso. Senão, até um juiz de Araraquara pode quebrar um sigilo bancário em outro país”, afirmou.
A juíza Renata Coelho Okida, da 4ª Vara da Fazenda Pública, pediu ao Ministério da Justiça que envie uma carta rogatória à Justiça americana para que sejam enviados dados de contas bancárias do ex-prefeito e de seus familiares naquele país. A carta rogatória é o instrumento jurídico para a Justiça de um país pedir à de outro que cumpra uma decisão sua.
Gafe
“Serei o melhor governador que São Paulo já teve”, afirmou Paulo Maluf às cerca de 40 pessoas que o ouviam em um clube no Ipiranga, zona sul de São Paulo.
Pouco depois, o pré-candidato a prefeito pelo PP se corrigiu e aproveitou para criticar os adversários José Serra (PSDB) e Marta Suplicy (PT), dizendo que é candidato a prefeito e que não quer, como os outros dois candidatos, fazer disso uma plataforma para 2006.
Quando Maluf chegou ao clube em que se realizou o encontro, menos de dez pessoas o aguardavam. Só um vereador e de um deputado estadual de seu partido o acompanharam.
Nos discursos de todos, críticas às taxas da luz e do lixo, implantadas por Marta durante sua gestão. No de Maluf, promessas: “O fura-fila vai terminar na minha administração, no primeiro ano eu inauguro”, disse. “Aqui no Ipiranga, quando ganharmos a eleição, não haverá mais enchentes”, acrescentou.