seu conteúdo no nosso portal

Nossas redes sociais

Lei estadual pode barrar oleoduto da Petrobras até SP

Um lei estadual do Rio de Janeiro poderá barrar o projeto de construção de um oleoduto da Petrobras entre o Rio e São Paulo.

Um lei estadual do Rio de Janeiro poderá barrar o projeto de construção de um oleoduto da Petrobras entre o Rio e São Paulo.

A estatal planeja construir 723 quilômetros de dutos para trazer a São Paulo o petróleo produzido na Bacia de Campos (RJ). Segundo a empresa, o objetivo é substituir o transporte feito por navios.

Uma lei aprovada no final do ano passado na Alerj (Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) determinou que o licenciamento ambiental deste tipo de projete compete ao órgão estadual, a Feema (Federação Estadual de Meio Ambiente) e não somente ao órgão federal de meio ambiente, o Ibama.

Além disso, a lei diz que qualquer oleoduto com diâmetro superior a 30 polegadas, como é o caso deste, deve ter o seu licenciamento aprovado pelo plenário da própria Alerj.

O projeto da Petrobras de levar o petróleo por dutos até São Paulo contrariou a governadora do Rio, Rosinha Matheus (PMDB). A governadora, que tem apoio da maioria dos deputados da Alerj, pode, dessa forma, impedir a implementação do projeto.

O gerente da Petrobras David Schmidt, responsável pelo projeto, afirma que a estatal está analisando as implicações dessa lei para prosseguir com o projeto. Todas as negociações estão em fase avançada –três licitações foram concluídas e uma está em fase de negociação– mas a assinatura dos contratos somente se dará quando houver maior clareza de quais medidas tomar.

Schmidt disse que se até maio o impasse permanecer, o projeto entra em atraso. Para o secretário estadual de energia do Rio, Wagner Victer, o projeto diminui a receita e enterra o projeto de construir uma refinaria de petróleo no Estado. “O Rio está colocando a Bacia de Campos em São Paulo”, afirmou.

Segundo Victer, os dutos vão garantem uma vantagem competitiva à estatal de expandir o parque de refino existente em São Paulo. Com isso, um eventual projeto de construção de uma refinaria no Rio –defendida pelo governo fluminense– seria definitivamente abandonado pela Petrobras.

A perda de receita pelo Estado corresponde a um desconto no pagamento de impostos pela estatal por conta do investimento nos dutos. Segundo cálculos da própria Petrobras, o Estado do Rio perde cerca de US$ 6 milhões ao ano do total de sua arrecadação de impostos, ao longo de 20 anos.

Compartihe

OUTRAS NOTÍCIAS

Uso de celular pelo preso durante trabalho externo não configura falta grave
Sabesp indenizará morador por barulho excessivo em conserto de esgoto
Homem deve pagar dividendos à ex-esposa enquanto estiver na condição de sócio