seu conteúdo no nosso portal

Nossas redes sociais

Justiça uruguaia autoriza extradição do ex-policial Arcanjo

A Justiça uruguaia autorizou ontem a extradição do ex-policial civil João Arcanjo Ribeiro, 53, condenado pela acusação de comandar o crime organizado em Mato Grosso. Ele está preso desde abril de 2003 em Montevidéu, capital do Uruguai, por uso de documento falso.

A Justiça uruguaia autorizou ontem a extradição do ex-policial civil João Arcanjo Ribeiro, 53, condenado pela acusação de comandar o crime organizado em Mato Grosso. Ele está preso desde abril de 2003 em Montevidéu, capital do Uruguai, por uso de documento falso.

O juiz Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara Federal de Cuiabá, disse que a Embaixada do Brasil no Uruguai confirmou ontem que a Justiça uruguaia decidiu pela extradição.

Silva afirmou que espera receber a sentença do Tribunal de Apelações Penais, da 2ª Turma do Uruguai, para definir a data da extradição e o dia do interrogatório de Arcanjo no Brasil.

Arcanjo, que deverá ser ouvido também pela CPI do Banestado, ficará preso na ala federal do presídio de Cuiabá (MT), afirmou o juiz.

Os advogados de Arcanjo podem recorrer à corte suprema do Uruguai, mas segundo o juiz, se isso ocorrer, a decisão será rápida.

Segundo informações recebidas pela Embaixada brasileira, a Justiça uruguaia não aceitou as extradições de Sílvia Chirata, mulher de Arcanjo, e do uruguaio Adolfo Olivero Sesini. Os dois teriam sido colocados em liberdade após a decisão.

As extradições de Arcanjo, Chirata e Sesini haviam sido pedidas pelo Ministério da Justiça ao governo uruguaio no ano passado.

Em dezembro de 2003, a Justiça Federal em Cuiabá (MT) condenou Arcanjo a 37 anos de prisão por lavagem de dinheiro, formação de organização criminosa e crime contra o sistema financeiro.

Conhecido como “comendador”, Arcanjo já havia sido condenado a sete anos por porte ilegal e contrabando de armas. Ele é acusado ainda de assassinatos.

Segundo o Ministério Público Estadual, o comendador mandou matar em setembro de 2002 o empresário Sávio Brandão, dono do jornal “Folha do Estado”, que publicava reportagens sobre o crime organizado.

Por integrarem, segundo a Justiça brasileira, o crime organizado, Chirata recebeu pena de 25 anos e o uruguaio Sesini foi condenado a 13 anos e 8 meses de prisão no Brasil.

A Justiça uruguaia teria entendido, conforme legislação daquele país, que os dois não cometeram crimes, por isso negou a extradição.

Outro lado

A reportagem não conseguiu falar com os advogados de Arcanjo. Anteriormente, eles negaram que ele tivesse ligação com o crime organizado.

Compartihe

OUTRAS NOTÍCIAS

Juiz de São Paulo será investigado por descumprir ordem do STJ
STJ admite voto de ministro que não viu sustentação oral presencial
Pescadora artesanal consegue auxílio seguro-defeso não concedido pelo INSS