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Julgamento do escândalo Noroeste sofre revés na Nigéria

O processo contra os acusados no maior caso de fraude na Nigéria, que envolve o banco brasileiro Noroeste, sofreu um revés na Justiça.

O processo contra os acusados no maior caso de fraude na Nigéria, que envolve o banco brasileiro Noroeste, sofreu um revés na Justiça.

O juiz do Tribunal de Abuja, Lawal Gumi, que estava encarregado do caso, encerrou o processo na segunda-feira, alegando que não estava em sua jurisdição.

Com base nessa questão, o juiz determinou também a liberação dos cinco acusados de terem desviado US$ 242 milhões (mais de R$ 720 milhões).

No entanto, a agência estatal anticorrupção da Nigéria, a Economic and Financial Crimes Commission (EFCC), afirma que o caso será retomado em Lagos e que os acusados vão voltar à prisão.

Cooperação

“Não é um grande problema, é apenas uma questão técnica”, disse à BBC Brasil Rabi Nasir, da EFCC. “O caso será transferido para a jurisdição de Lagos.”

Ainda não está claro se o Tribunal de Lagos vai efetivamente julgar o caso.

Os acusados nesse escândalo teriam convencido Nelson Sakaguchi, ex-diretor do Noroeste em São Paulo, a fazer pesado investimento em um projeto de construção de um aeroporto em Lagos, a capital da Nigéria.

O brasileiro teria sido convencido que receberia vultosas comissões, além do pagamento do empréstimo, pois o caso envolveria corrupção na Nigéria.

O golpe envolvendo o Noroeste é o maior dos casos que ficaram conhecidos como o “419 nigeriano”, por causa do número do código penal que prevê o crime – uma versão do “171”, que virou sinônimo de estelionato no Brasil.

Segundo Nasir, as autoridades nigerianas estão procurando a cooperação internacional de agências envolvidas no combate à lavagem de dinheiro e corrupção.

“Dependendo da evolução do caso, poderemos procurar também a cooperação das autoridades brasileiras”, disse Nasir.

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