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Greve na Justiça leva STJ a pregar intervenção em São Paulo

BRASÍLIA e SÃO PAULO. O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Edson Vidigal, defendeu ontem a intervenção federal em São Paulo para garantir a ordem no estado, onde os servidores do Judiciário estão em greve há 85 dias. Num discurso em cerimônia no STJ, o ministro chamou os grevistas de radicais e disse que o movimento é ilegal e danoso para a população a ponto de ameaçar o livre funcionamento de um dos poderes em São Paulo.

BRASÍLIA e SÃO PAULO. O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Edson Vidigal, defendeu ontem a intervenção federal em São Paulo para garantir a ordem no estado, onde os servidores do Judiciário estão em greve há 85 dias. Num discurso em cerimônia no STJ, o ministro chamou os grevistas de radicais e disse que o movimento é ilegal e danoso para a população a ponto de ameaçar o livre funcionamento de um dos poderes em São Paulo.

— Em São Paulo, há quase 90 dias, a democracia não se realiza, a República está ferida, o Estado está capenga, o governo está incompleto. É caso de intervenção federal para garantir o livre funcionamento de um dos poderes. O povo de São Paulo está refém dos grevistas. Quantas audiências deixaram de ocorrer nesse período? Quantas mães deixaram de receber os alimentos por causa da greve? Isso é danoso — disse Vidigal.

Ele explicou que, para haver intervenção federal em São Paulo, o presidente do tribunal paulista, Luiz Elias Tâmbara, precisa encaminhar o pedido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro também esclareceu que a possibilidade de intervenção está prevista na Constituição — embora não haja antecedentes recentes sobre intervenções provocadas por greve no Judiciário.

Alckmin rejeita pedido de intervenção

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) rejeitou ontem a proposta de intervenção.

— Não há qualquer sentido nisso. O problema da greve é simplesmente financeiro, deve se resolver nos próximos dias.

Ontem, o impasse nas negociações entre os servidores da Justiça e o Tribunal de Justiça (TJ) continuou. O Tribunal ofereceu um reajuste que resultaria num aumento de 11% sobre os salários, mas os funcionários recusaram a oferta. Com a greve, 12 milhões de processos estão paralisados e mais de 300 mil audiências deixaram de ser realizadas.

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