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Gravação telefônica: Deputado assume assassinato de 8 pessoas

Rio - Numa gravação de três minutos e 43 segundos de uma conversa em Brasília, em 29 de setembro, com emissários do empresário do ramo de loterias Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o deputado federal André Luiz (PMDB) revela que ele e seu grupo de seguranças assassinaram oito pessoas no Rio. Segundo a transcrição da gravação publicada pela revista “Veja”, o deputado se apresenta como uma pessoa violenta que liquida seus desafetos. A fita já foi ouvida pela promotora Dora Beatriz Wilson da Costa, do Ministério Público estadual, conforme noticiou O GLOBO anteontem. Ela recebeu a visita de dois advogados de Cachoeira, que vão entregar o material oficialmente na quarta-feira.

Rio – Numa gravação de três minutos e 43 segundos de uma conversa em Brasília, em 29 de setembro, com emissários do empresário do ramo de loterias Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o deputado federal André Luiz (PMDB) revela que ele e seu grupo de seguranças assassinaram oito pessoas no Rio. Segundo a transcrição da gravação publicada pela revista “Veja”, o deputado se apresenta como uma pessoa violenta que liquida seus desafetos.

A fita já foi ouvida pela promotora Dora Beatriz Wilson da Costa, do Ministério Público estadual, conforme noticiou O GLOBO anteontem. Ela recebeu a visita de dois advogados de Cachoeira, que vão entregar o material oficialmente na quarta-feira.

Num trecho da gravação, André Luiz fala da morte de um de seus seguranças, um sargento da PM, no dia 19 de setembro. Na gravação, ele diz:

— Tive que dar um montão de tiro lá naquela p.! Botei a minha segurança toda na rua. Prendemos os dois caras que mataram meu segurança e matamos os outros dois.

O sargento José Carlos de Abreu Silva foi encontrado morto em Bangu. O crime teria acontecido quando o PM tentou ajudar um amigo a recuperar uma moto roubada.

Na gravação, André Luiz descreve reportagens de jornais da época e conta como o caso aconteceu:

— Ele mandou um recado para a vagabundagem e mandou descer com a moto. Os caras desceram sem moto, tomaram a pistola dele, ele não esperava. Deram três tiros, um na cabeça e três (…) Morreu na hora.

Ainda segundo a transcrição, o deputado conta que mandou remover o corpo do militar assassinado e que comandou pessoalmente uma ação para encontrar os criminosos:

— Eu disse ao coronel: “Vamos fazer uma ocupação nesses lugares. Eu ligo pro secretário, ligo pro comandante-geral, vamos pegar reforço, vamos ocupar essa p. toda e vamos prender todo mundo”

— disse o deputado sobre uma operação que não aconteceu.

“Veja” apurou que o deputado convocou a imprensa na época para denunciar a omissão do governo no caso da morte do sargento e, então, conseguiu apoio:

— Eu com meu pessoal pulamos lá pra cima e pegamos todo mundo.

O deputado diz que a ação resultou na morte de duas pessoas e na prisão de outras duas. Segundo a revista, a polícia do Rio confirma a prisão de dois suspeitos da morte do sargento no dia seguinte ao do crime e que outros dois são dados como foragidos. André Luiz sugere na gravação que esses dois foragidos foram mortos por seu grupo

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