O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), disse nesta quarta-feira que o Congresso Nacional “está na UTI” (Unidade de Terapia Intensiva) ao referir-se à paralisia das atividades legislativas nos últimos meses e aos constantes embates entre governo e oposição na CPI dos Cartões Corporativos. Garibaldi disse acreditar na reação dos parlamentares, mas afirmou que o excesso de medidas provisórias editadas pelo Poder Executivo prejudica as atividades legislativas.
“O Congresso está na UTI. É um paciente que ora tem uma pequena melhora, ora piora. Quem está na UTI, ou sai ou morre. Eu acho que vai sair, porque morrer é difícil, é uma instituição que está incorporada à vida política brasileira. A tendência é melhorar, nem que seja de uma forma compulsória”, afirmou. O senador admitiu que esperava uma “situação melhor” na Casa Legislativa quando assumiu o comando do Senado no início deste ano. Mas se mostrou disposto a promover mudanças nas atividades parlamentares, mesmo diante de um “preparo físico” desfavorável.
“Ganhar o campeonato, eu não tenho essa pretensão porque o meu preparo físico não permite. […] É como se você vivesse sob ameaça de bomba em uma guerra, mas você vai construindo abrigos e você termina sobrevivendo. Vamos não apenas sobreviver, vamos avançar.” Na opinião do senador, as mudanças na tramitação das medidas provisórias são essenciais para que o Senado retome a normalidade de suas atividades. “Nós temos que vencer a batalha das MPs que estão na Câmara, fazer com que elas não tranquem a pauta. Temos é que ter muita obstinação porque, sem essa obstinação, nós não conseguiremos”, enfatizou.
