O advogado Humberto Teles, que defende o cantor Marcelo Pires Vieira, o Belo, afirmou que deve entrar em breve com um pedido de habeas-corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
“Ainda estamos reunindo documentos para entrar com o pedido de habeas corpus ao longo dessa semana”, explicou. Foragido, o músico avisou, através de seu advogado, que não deve se entregar até o julgamento do pedido.
O artista teve um mandado de prisão expedido na quinta-feira (11) pela 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, que também aumentou a pena de seis para oito anos de prisão contra o cantor.
Belo é acusado cometer os crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. “Ele está muito abalado e diz que a situação poderia ser pior. O Belo é uma pessoa que dá exemplos construtivos. Ele nem cerveja bebe”, falou o assessor de imprensa do cantor, em entrevista ao Jornal do Terra, na sexta (12).
O desembargador Flávio Magalhães afirma que Belo teve a pena aumentada por “por ser um ídolo da música popular e sua conduta censurável ter repercutido de forma desfavorável entre adolescentes que ele costuma atrair em seus shows”.
O pagodeiro foi condenado, no final de dezembro de 2002, a seis anos de prisão. Ele chegou a ficar preso, mas obteve o direito de recorrer da sentença em liberdade.
Crime
As suspeitas de envolvimento de Belo com traficantes surgiram a partir de escuta de gravações de conversas telefônicas, autorizadas pela Justiça, entre ele e o traficante Valdir Ferreira, o Vado, chefe da venda de drogas na Favela do Jacarezinho. Vado foi morto em 20 de agosto do ano passado, durante confronto com policiais militares na favela.
Nas conversas telefônicas interceptadas, o traficante pedia um empréstimo de R$ 11 mil para comprar um “tecido fino” e em troca, daria um “tênis AR” para Belo. Para a polícia, o “tecido fino” é cocaína e o tênis, um fuzil AR-15.
