Documentos em poder da [b]CPI do Grampos[/b] mostram que o [b]ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Paulo Lacerda [/b]teve vários encontros com o delegado [b]Protógenes Queiroz[/b], que chefiou a [b]Operação Satiagraha[/b].
Em depoimentos na CPI e na [b]Corregedoria da Polícia Federal[/b], Lacerda havia dito que tinha conhecimento superficial da operação e que só se encontrou uma vez com Protógenes. O registro de entrada e saída na Abin desmente essas afirmações.
Num outro documento, um agente da Abin afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que houve envolvimento direto de Lacerda elaboração do relatório sobre as investigações policiais.
Paulo Lacerda ocupa atualmente o posto de adido policial na embaixada brasileira em Portugal, Ele foi nomeado para o cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a cúpula da Abin ter sido exonerada por suspeitas de envolvimento de agentes do órgão com escutas ilegais.
O delegado Protógenes Queiroz voltou a ter seu nome em evidência depois de a revista “Veja” publicar reportagem em que afirma que ele havia montado uma rede de clandestina de espionagem para monitorar autoridades. O delegado nega e diz que a reportagem “é mentirosa”
O escândalo provocou o prolongamento da CPI dos Grampos por mais 60 dias. A CPI deveria ser encerrada no próximo dia 15. Na última quinta-feira (5) a CPI aprovou a convocação de Protógenes, Lacerda e agentes da Abin para depor.
Na semana passada, o relator da CPI, Nelson Pellegrino (PT-BA), havia concluído relatório em que descartava pedidos de indiciamento de Protógenes, do banqueiro Daniel Dantas e dos ex-integrantes da cúpula da Abin.
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