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Diretor da Abin confirma que ex-agente do SNI usava sala na Polícia Federal

Brasília - O diretor do Departamento de Contra-Inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Maurício, confirmou ontem (10), em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito das Escutas Telefônicas Clandestinas, que durante a Operação Satiagraha o agente aposentado do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) Francisco Ambrósio dividiu uma sala na sede da Polícia Federal com agentes da Abin e o delegado Protógenes Queiroz, que comandava as investigações.

Brasília – O diretor do Departamento de Contra-Inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Paulo Maurício, confirmou ontem (10), em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito das Escutas Telefônicas Clandestinas, que durante a Operação Satiagraha o agente aposentado do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI) Francisco Ambrósio dividiu uma sala na sede da Polícia Federal com agentes da Abin e o delegado Protógenes Queiroz, que comandava as investigações.

Ele negou, no entanto, que o ex-agente tenha coordenado o pessoal da Abin na operação.

Segundo Paulo Maurício, os servidores da Abin recebiam tarefas diretamente do delegado Protógenes e nem conheciam o ex-agente. Ele disse ainda que só tomaram conhecimento de que Ambrósio era do extinto SNI durante as conversas informais que tinham.

O diretor da Abin revelou que 52 agentes do órgão trabalharam na Operação Satiagraha.

“Nós demos um apoio. Não era operação nossa. Era uma operação pontual”, afirmou.

Paulo Maurício negou que a participação de servidores da Abin nas investigações tenha sido para fazer escutas. “Todos entraram na Polícia Federal pela porta da frente”, disse.

O diretor afirmou aos parlamentares que os servidores da Abin não têm como participar de operações da Polícia Federal sem o conhecimento dos superiores.

“Na Abin nenhum departamento tem autonomia para desencadear um trabalho sem o conhecimento dos superiores. Os planos de operação são elaborados. Dentro da nossa estrutura temos controles rígidos, que dificilmente um agente de campo teria condições de atuar por muito tempo isoladamente, sem ser detectado”, disse.

Paulo Maurício garantiu aos deputados que a Abin jamais, em qualquer situação, utilizou mecanismos “espúrios ou ilegais para o cumprimento de suas missões institucionais”.

De acordo com ele, as escutas telefônicas ilegais “são um câncer que deteriora o estado democrático de direito”.

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