O advogado de defesa do ex-presidente Alberto Fujimori, César Nakazaki, informou nesta segunda-feira que em janeiro apresentará às autoridades judiciais chilenas um pedido de libertação do ex-presidente, detido nesse país desde 7 de novembro passado.
“O processo de extradição poderá durar de seis meses a um ano. Estimamos que ele (Fujimori) não deverá ficar detido durante esse tempo todo. Por isso, vamos pedir sua liberdade provisória”, disse o advogado à imprensa.
A defesa do ex-presidente Fujimori (1990-2000) disse estar certa de que a justiça chilena rejeitará os pedidos de extradição do ex-presidente, detido na escola de Gendarmeria da cidade de Santiago de Chile.
Nakazaki sustentou que, em nenhum dos processos judiciais contra Fujimori no Peru, o direito de seu cliente se defender foi garantido. De acordo com a legislação chilena, é impossível processar alguém nessas condições.
O Peru oficializou no fim de semana a aprovação dos 12 pedidos de extradição contra Fujimori. Entre as acusações nas quais esses pedidos são baseados, estão a do massacre de La Cantuta em 1992, onde morreram nove estudantes e um professor, e a de Barrios Altos em 1991, quando morreram 15 pessoas.
Fujimori, de 68 anos, está preso no Chile desde 7 de novembro, depois de chegar de surpresa a este país, vindo do Japão, onde esteve refugiado por cinco anos.
O Peru tem até 6 de janeiro para apresentar seu pedido, quando termina o prazo de 60 dias estabelecido por um tratado bilateral de extradição.