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Conselho de Governo Iraquiano assina Constituição interina

Membros do Conselho de Governo Iraquiano assinaram hoje uma histórica Constituição interina que vai reger o país até o segundo semestre de 2005, depois de resolver um impasse político marcado por objeções do principal líder xiita do país, o aiatolá Ali al Sistani.

Membros do Conselho de Governo Iraquiano assinaram hoje uma histórica Constituição interina que vai reger o país até o segundo semestre de 2005, depois de resolver um impasse político marcado por objeções do principal líder xiita do país, o aiatolá Ali al Sistani.

Diante de um grupo de autoridades civis e militares iraquianas e americanas, incluindo Paul Bremer, chefe da Autoridade Provisória da Coalizão, os 25 membros do Conselho de Governo assinaram o documento em um antiga mesa que pertenceu ao rei Faisal 1º, o primeiro monarca do Iraque.

Mohammed Bahr al Uloum, presidente do Conselho de Governo, afirmou que a assinatura era um “momento histórico, decisivo na história do Iraque”.

“Não há dúvida de que este documento vai fortalecer a unidade iraquiana de um modo nunca visto antes”, afirmou Massoud Barzani, um líder curdo no Conselho de Governo.

A assinatura ocorreu nove dias depois do prazo final estabelecido em um cronograma dos EUA. O atraso ocorreu por causa do período de luto após ataques a bomba contra templos xiitas, além de um batalha política no Conselho de Governo, apontado pelos EUA. O impasse estremeceu as relações entre líderes sunitas, xiitas e curdos e destacou o poder do crérigo xiita iraquiano.

A Constituição interina havia sido aprovada por unanimidade no começo da semana passada. Porém, horas antes da cerimônia de assinatura, cinco dos 13 membros xiitas desistiram do compromisso diante da posição contrária de Al Sistani, que manifestou discordância em relação à diversas partes da Carta –principalmente quanto à cláusula que na prática dá aos curdos poder de veto sobre a Constituição permanente que será redigida após eleições que devem acontecer em 2005.

“Nós temos uma história dolorosa e é natural que procurássemos algumas garantias nessa lei”, afirmou Adel Murad, substituto de Jalal Talabani, representante da União Patriótica do Curdistão no Conselho de Governo. Os curdos somam apenas 17,5% na divisão étnica do país (a grande maioria, 77,5%, é árabe) e temem que sua autonomia na região norte seja eliminada com uma Constituição em que prevaleça a vontade da maioria religiosa xiita.

Cerca de um hora antes do início da cerimônia de assinatura da Constituição, insurgentes lançaram morteiros contra duas delegacias de polícia no centro de Bagdá, ferindo quatro pessoas, incluindo um policial, disseram autoridades iraquianas.

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