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Coaf aponta movimentação atípica, mas ex-Ministro de FHC nega irregularidade na sua conta-corrente

Desde a última sexta-feira, o ex-ministro Eduardo Jorge tem recolhido documentos fiscais, bancários e imobiliários para um segundo round do embate que travou, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, com o Ministério Público Federal (MPF).
Desde a última sexta-feira, o ex-ministro Eduardo Jorge tem recolhido documentos fiscais, bancários e imobiliários para um segundo round do embate que travou, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, com o Ministério Público Federal (MPF). Um dia antes, o chefe da Procuradoria da República em Brasília, Lauro Pinto Cardoso Neto, abrira uma investigação criminal contra Eduardo Jorge. O procurador suspeita que o vice-presidente executivo do PSDB possa ter lavado dinheiro com a venda de imóveis em 2007. Mas o ex-secretário-geral da Presidência de FHC, que nega ter cometido irregularidades, ameaça processá-lo por “abuso de autoridade”.
A apuração do MPF tem como ponto de partida um informe encaminhado pelo Conselho de Controle das Ativdades Financeiras (Coaf). Segundo a portaria que instaurou a investigação, Eduardo Jorge teve uma “movimentação atípica” de R$ 1,47 milhão entre janeiro e agosto de 2007, “incompatível com o seu patrimônio e sua ocupação profissional”. O órgão do Ministério da Fazenda também detectou um “depósito de R$ 153 mil” na conta-corrente dele feito por Roberto Carlos Nascimento para a compra de um imóvel.
O tucano apresentou ainda papéis que, disse, comprovam a licitude das duas operações questionadas. O ex-ministro de FHC afirmou ter recebido um depósito de R$ 1,3 milhão em 12 de julho de 2007 referente à venda de um imóvel de seu sogro, do qual era inventariante. Oito dias depois, segundo os documentos, transferiu o dinheiro “integralmente” para a conta do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. “Eu pedi ao juiz para abrir uma conta em nome do espólio para receber o dinheiro da venda da casa, mas ele negou”, declarou.
Segundo ele, os R$ 270 mil restantes têm duas fontes de recursos: R$ 100 mil, de um depósito do banco oriundo de um empréstimo em consignação e os outros R$ 170 mil, dos depósitos da aposentadoria de funcionário do Senado.
[b]Débito em conta[/b]
Eduardo Jorge disse que o “depósito de R$ 153 mil”, na verdade, é um débito em conta para a emissão de um cheque administrativo. Segundo o tucano, o banco entregou o cheque a Roberto Carlos Nascimento, seu motorista, que lhe repassou. O cheque, afirma, foi entregue como empréstimo para sua cunhada, Isaura Joana Coelho, comprar um imóvel no interior do Rio de Janeiro. Ele diz que o empréstimo e a aquisição do imóvel constam da declaração de IR dos dois.

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