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Benefícios ocultos nas férias dos Senadores

Em janeiro, os senadores estavam de férias. Plenário e salas de reunião estavam fechados. Nas alas onde ficam os gabinetes dos senadores, corredores desertos e escritórios vazios.

Em janeiro, os senadores estavam de férias. Plenário e salas de reunião estavam fechados. Nas alas onde ficam os gabinetes dos senadores, corredores desertos e escritórios vazios. Nesse cenário, o então diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, dava expediente integral: era cabo eleitoral da campanha de José Sarney (PMDB-AP) à presidência do Senado e trabalhava para continuar no cargo em que chegara pelas mãos de Sarney, 14 anos antes. Agaciel avisou os colegas que havia dinheiro sobrando no caixa. Pediu uma relação de servidores para receber um presente: o pagamento de horas extras. Assessores dos 81 senadores atenderam ao pedido. Ele custou R$ 6,2 milhões aos contribuintes. Dos 3.883 servidores beneficiados, 1.189 trabalham nos gabinetes dos senadores.

A benesse foi facilitada pelo fato de os funcionários do Senado não baterem ponto. O controle de horas extras é feito pelo chefe de gabinete. Para comparar, na Câmara dos Deputados, em que o servidor é obrigado a assinar lista de presença quando trabalha além do expediente, 610 funcionários receberam hora extra em janeiro. A conta foi de R$ 653 mil. Na semana passada, quando a regalia virou escândalo, o presidente do Senado, José Sarney, prometeu adotar o controle de ponto eletrônico. Sarney e outros cinco senadores anunciaram que seus assessores devolveriam o dinheiro. O que receberam à vista, no entanto, seria devolvido em dez parcelas.

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