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Beacon Hill: Juiz de Curitiba já condenou doleiro a sete anos de prisão

O juiz Sérgio Fernando Moro, titular da 2 Vara, tem sido implacável no combate à lavagem. Moro já condenou Alberto Youssef, um dos maiores doleiros do país, a sete anos de prisão por movimentações financeiras ilegais. As transações de doleiros brasileiros com a Beacon Hill têm surpreendido os técnicos à medida que se aprofunda a análise dos números obtidos a partir da quebra do sigilo bancário da empresa americana.

O juiz Sérgio Fernando Moro, titular da 2 Vara, tem sido implacável no combate à lavagem. Moro já condenou Alberto Youssef, um dos maiores doleiros do país, a sete anos de prisão por movimentações financeiras ilegais. As transações de doleiros brasileiros com a Beacon Hill têm surpreendido os técnicos à medida que se aprofunda a análise dos números obtidos a partir da quebra do sigilo bancário da empresa americana.

Só o doleiro Antônio Claramunt, o Toninho da Barcelona, movimentou em duas contas US$ 200 milhões entre 1997 e 1999. Um dos doleiros presos pela Operação Farol da Colina em São Paulo, Barcelona deverá ser julgado na 2 Vara Federal Criminal de Curitiba, especializada em crimes contra o sistema financeiro, ainda este mês. O juiz Sérgio Fernando Moro, titular da 2 Vara, tem sido implacável no combate à lavagem. Moro já condenou Alberto Youssef, um dos maiores doleiros do país, a sete anos de prisão por movimentações financeiras ilegais.

As investigações sobre a Beacon Hill surgiram com o caso Banestado e ganharam vulto em agosto deste ano quando a PF prendeu 62 doleiros em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Amazonas e Minas Gerais, entre outros estados. A partir de então, peritos da PF, da Receita e do Ministério Público Federal passaram a fazer cruzamentos de informações entre os extratos bancários da Beacon Hill e a contabilidade dos doleiros presos. Os documentos da Beacon Hill foram fornecidos por autoridades americanas, que também estão investigando a empresa.

Pelas investigações da PF, a Beacon Hill administrava uma espécie de cooperativa de doleiros brasileiros em subcontas de uma de suas contas no JP Morgan Chase. A partir dessas subcontas, os doleiros enviavam para o exterior e recebiam de lá o dinheiro de clientes que queriam driblar o Fisco. O esquema, conhecido como dólar cabo, tem duas pontas, desvinculadas uma da outra. Para não deixar rastros, as ordens de pagamentos para brasileiros em outros países eram feitas a partir de dinheiro recebido no exterior.

As ordens de pagamento no Brasil eram cobertas com recursos obtidos no país a partir de depósitos feitos por brasileiros que queriam mandar recursos para o exterior. O sistema era, em boa parte, alimentado por brasileiros residentes nos EUA. Eles mandam, em média US$ 5 bilhões ao país por ano, segundo estimativas da PF.

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