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Abadia não diz à Justiça onde escondeu US$ 40 milhões do tráfico

Venceu na noite deste sábado (19) o prazo de 48 horas dado pela Justiça Federal para o traficante colombiano Juan Carlos Abadia entregar o dinheiro do narcotráfico. Na quarta-feira (16), enquanto tentava um acordo para ser extraditado para os Estados Unidos, o megatraficante confessou ter pelo menos US$ 40 milhões escondidos no Brasil.

Venceu na noite deste sábado (19) o prazo de 48 horas dado pela Justiça Federal para o traficante colombiano Juan Carlos Abadia entregar o dinheiro do narcotráfico. Na quarta-feira (16), enquanto tentava um acordo para ser extraditado para os Estados Unidos, o megatraficante confessou ter pelo menos US$ 40 milhões escondidos no Brasil.

A defesa de Abadia, que está no presídio de segurança máxima de Campo Grande, diz ser impossível localizar o dinheiro agora e não deu garantia de que os dólares vão aparecer. Por não cumprir a decisão, ele deve responder a mais um processo por lavagem de dinheiro.

A ordem para que ele informasse onde escondeu o dinheiro foi dada pelo juiz titular da 6ª Vara Federal Criminal, Fausto Martins de Sanctis. A medida foi tomada com base na confissão do próprio Abadia. O colombiano disse que entregaria até US$ 40 milhões em troca de benefícios da Justiça. O acordo de extradição para os Estados Unidos não saiu, mas o colombiano acabou admitindo para o juiz e para a Polícia Federal que ainda tem muito dinheiro escondido no Brasil.

Quando foi preso, em agosto de 2007, o traficante guardava US$ 117 milhões em uma caminhonete. O carro e o dinheiro desapareceram. Segundo as investigações, os dólares estavam empacotados a vácuo para não estragar. A Policia Federal acredita que a fortuna dele no Brasil, estimada em R$ 3,4 bilhões, ainda esteja por aqui. O colombiano vivia com a mulher em uma mansão em São Paulo, onde fez plásticas para modificar seu rosto.

Além de tráfico de drogas, é suspeito de ter cometido homicídios no Brasil. Nos Estados Unidos, Abadia responde por crimes ainda mais graves, como tráfico internacional, corrupção e assassinatos, inclusive de policiais.

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