Vinte advogados, entre eles vários árabes e um norte-americano, foram contratados pela família de Saddam Hussein para garantir a defesa do ex-presidente do Iraque, capturado no dia 13 de dezembro, anunciou hoje um integrante da equipe, o jordaniano Mohammad Al-Rachdane.
Estes profissionais foram escolhidos pela esposa de Saddam, Sajida, e suas três filhas Raghad, Rana e Hala, precisou Rachdane.
Os advogados já realizaram reuniões em Amã para preparar a defesa de Saddam Hussein, a quem os Estados Unidos concederam, no dia 9 de janeiro, o estatuto de prisioneiro de guerra.
Também informou que os advogados temem pela vida do ex-presidente iraquiano após a divulgação recente de fotos mostrando militares americanos torturando prisioneiros iraquianos na prisão de Abu Ghraib, perto de Bagdá.
Sajida Telfah, mulher de Saddam Hussein, e suas três filhas deram uma procuração, com cópia conseguida pela AFP, a oito advogados jordanianos, quatro egípcios, um marroquino, um libanês, um líbio, dois tunisianos, um suíço, um francês e um americano, que aceitaram assumir a defesa de seu marido.
Francês
Na lista não está incluído o advogado francês Jacques Vergès, que havia informado no dia 29 de março ter “sido designado pela família” de Saddam Hussein para assegurar a defesa do ex-chefe de Estado iraquiano.
Na procuração, datada de 11 de janeiro de 2004, a esposa de Saddam Hussein afirma que ela encarrega os 20 advvogados de “investigar a captura de Saddam Hussein, a sua detenção e a observância de seus direitos de prisioneiro, além das acusações que possam ser feitas contra ele”.
Durante a intervenção militar contra o Iraque pelas tropas dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha, no ano passado, Saddam Hussein passou a ser procurado desesperadamente pelos militares.
Eles acreditavam que Saddam ainda conduzia a resistência mesmo escondido. Várias mensagens durante esse tempo foram atribuídas ao ditador. Algumas acabaram reconhecidas como autênticas.
No dia 22 de julho, seus filhos, os poderosos Udai e Qussai, foram mortos em um esconderijo em Mossul durante uma operação militar da coalizão.
Os Estados Unidos, desde o começo da guerra, ofereceram US$ 25 milhões como recompensa pela captura do ex-presidente Saddam Hussein.
