Além de Leandro Sá Fortes, que recebeu ontem a pena máxima de demissão, foram alvo do processo administrativo as três filhas do desembargador Frederico Guilherme Pimentel : Dionel, Larissa e Roberta Shaider Pimentel. Também está sendo analisada a conduta da ex-diretora de distribuição do Tribunal de Justiça do Estado (TJES) Bárbara Sarcinelli. Presa na operação, Bárbara teria direcionado os processos a pedido de integrantes do grupo investigado.
[b]Comissão [/b]
Os processos estão sob a análise da comissão criada para verificar os casos. A comissão, que promove a tomada de depoimentos e demais diligências cabíveis, é formada pelos juízes Eliana Junqueira Munhos, Walace Pandolpho Kiffer e Marcelo Menezes.
Eles analisam a participação dos servidores no caso e encaminham relatório ao corregedor-geral, desembargador Romulo Taddei, que aplica a pena. A demissão é a pena máxima que o servidor pode receber em processo administrativo. Também podem ser aplicadas penas de advertência e censura.
Já para os desembargadores e juízes investigados, o processo pode culminar com a aposentadoria compulsória, que é a pena máxima. Um dos alvos do processo, o desembargador Elpídio Duque se aposentou de forma compulsória ao ter completado 70 anos, mas o tribunal analisa a continuidade ou não do procedimento administrativo.
[b]Ainda é possível recorrer[/b]
A GAZETA tentou durante toda a tarde e início da noite de ontem falar com o servidor Leandro Sá Fortes, mas não obteve êxito. O número de telefone celular identificado como sendo dele não atendia. Da decisão tomada ontem pelo corregedor-geral de Justiça, Romulo Taddei, ele poderá recorrer ao Conselho da Magistratura. O conselho é o órgão de disciplina de primeira instância que cabe julgar os recursos de penas disciplinares impostas pelo corregedor. E, da decisão do conselho, ele poderá recorrer ao Pleno.