seu conteúdo no nosso portal

Nossas redes sociais

TJES: Ministério Público ajuiza ação parentes do desembargador Frederico Pimentel

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) ajuizou ação por ato de improbidade administrativa contra dez investigados pela Operação Naufrágio.

[color=#333333]Os juízes afastados Frederico Luis Schaider Pimentel e Larissa Piganton Sarcinelli Pimentel
[/color]
Segundo ação, a violação dos princípios que regem a administração pública levou o MPES requer o afastamento cautelar de Frederico Guilherme Pimentel do cargo de presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, o sequestro de seus bens e valores, assim como de Leandro Sá Fortes. O documento também solicita a suspensão dos efeitos da designação de Clodoveu Nunes Vanzo para o cartório de Cachoeiro de Itapemirim.
O somatório dos valores das multas que podem ser aplicadas a cada um dos requeridos chega ao valor de R$ 12,180 milhões, considerando que o acréscimo patrimonial auferido a partir das atividades ilícitas junto ao Cartório de Cariacica foi de R$ 406 mil. [i](Com informações do Ministério Público Estadual)[/i].
[b]O outro lado
[/b]O desembargador Frederico Guilherme Pimentel disse ontem não ter conhecimento do inteiro teor da ação de improbidade administrativa apresentada ontem pelo Ministério Público Estadual (MPE). “”Só vi o que está no site do Ministério Público”, afirmou. Ele disse que, após ter conhecimento do caso, tomará as medidas necessárias. Ele avaliou, entretanto, que a ação do MPES disse estar ‘parecendo retaliação’, após ter concedido entrevistas recentemente.
Já o advogado das filhas de família Pimentel não foi localizado nos telefones celular e fixo para falar sobre o assunto. A chamada feita para o telefone celular do juiz afastado caiu na caixa de mensagem e até o fechamento desta matéria, às 21h50 não havia retornado a ligação para a Redação Multimídia da Rede Gazeta.
Já o advogado Paulo Silveira, responsável pela defesa do ex-assessor jurídico da presidência do Tribunal, Leandro Sá Fortes, alegou que não havia tomado conhecimento oficial da ação e que somente iria se pronunciar nesta sexta-feira (10).
A juíza afastada Larissa Piganton Sarcinelli Pimentel, o ex-chefe do Cartório de 1º Ofício da 2ª Zona de Cariacica, Felipe Sardemberg Machado, o oficial de cartório Clodoveu Nunes Vanzo e o advogado Henrique Rocha Martins não foram localizados pela reportagem para que pudessem se pronunciar sobre a ação de improbidade.
[b]Entenda o caso[/b]
>[b]A operação[/b]. No dia 9 de dezembro de 2008, policiais federais foram à sede do TJES para recolher documentos e computadores. Buscas também foram feitas em casas de servidores, desembargadores, juiz e advogados. Era a Operação Naufrágio, que desmantelou um suposto esquema de venda de sentenças judiciais.
>[b]Presos[/b]. Na operação foram presos os desembargadores Josenider Varejão, Elpídio Duque e, o então presidente do TJES, Frederico Pimentel. Frederico é acusado de distribuir seus parentes em funções comissionadas no órgão. Outra acusação é a de criar e lotear cartórios, transformando-os num negócio de família. Elpídio aparece como responsável por decisões que beneficiavam os envolvidos no esquema, por meio da atuação de seu filho, o advogado Paulo Duque, que também foi preso. Josenider é apontado como o que mais tratou de ações ilícitas nas conversas telefônicas, juntamente com o advogado Pedro Celso, que também foi preso.
>[b]O juiz[/b]. O juiz Frederico Schaider Pimentel, filho do desembargador, também acabou preso. Segundo as investigações, ele se mostrou “intensamente ligado às ações delituosas”, ao se valer da sua condição de filho de desembargador. Para o MPF, ele se apresentou “como um dos membros mais proeminentes e multifacetados da organização, pois suas ações coincidem e servem de ponte entre vários subgrupos”.
>[b]Servidores[/b]. A então chefe do setor de distribuição do TJES, Bárbara Sarcinelli, também foi presa na operação. Segundo as investigações, ela teria aproveitado de sua posição para distribuir os casos conforme o interesse do grupo. As servidoras Larissa, Dione e Roberta Pimentel, filhas do desembargador Frederico, também aparecem no inquérito. Elas respondem a processos administrativos. O servidor Leandro Sá Fortes foi alvo de busca e apreensão e também enfrenta processo na corregedoria. Ele estaria envolvido no esquema dos cartórios.
>[b]Interceptações[/b]. Segundo as apurações, a juíza Larissa Pimentel, que responde a processo administrativo, aparece em conversas suspeitas sobre o caso do cartório de Cariacica. [i](Com informações de Isabela Bessa, da Redação Multimídia)[/i]

Compartihe

OUTRAS NOTÍCIAS

TRF1 mantém sentença que obriga Caixa a indenizar cliente por roubo de joias sob sua posse
Apreensão de CNH e passaporte só é autorizada se motivar satisfação da dívida trabalhista
Pessoa com visão monocular obtém isenção do IPI na aquisição de veículo