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juízes não têm mentalidade pró-impunidade!

Pois bem. Não tenho o dom da ubiquidade e da onisciência, para discorrer acerca de tudo e sobre todos, mas posso dizer algo, aqui, sobre os muitos juízes com quem trabalhei nessa primeira Década atuando como defensor público estadual no Espírito Santo.

 

Li recentemente nos jornais que alguém teria dito que os juízes brasileiros têm mentalidade “mais conservadora, pró-status quo, pró-impunidade” (Revista Consultor Jurídico, 2 de Março de 2013). O que me causou grande surpresa, senão certo pesar.

 

Pois bem. Não tenho o dom da ubiquidade e da onisciência, para discorrer acerca de tudo e sobre todos, mas posso dizer algo, aqui, sobre os muitos juízes com quem trabalhei nessa primeira Década atuando como defensor público estadual no Espírito Santo.

 

Tranquilizo o leitor e, principalmente, o jurisdicionado. Jamais tive conhecimento de um juiz de mentalidade “pró-impunidade”. Assim como também não assisti a um juiz de mentalidade pró-condenação ou pró-cárcere.

 

Em verdade, dos juízes com quem trabalhei, posso dizer que todos são pró-Justiça, pró-dignidade da pessoa humana, pró-verdade, e outros tantos “prós” desejados pela vigente Constituição de 1988 e legislação esparsa.

 

Aliás, conheci bem a vida e a família de alguns juízes com quem trabalhei, guardando hoje uma respeitosa e admirável recordação dos princípios morais, religiosos e sociais ministrados por estes dentro do lar.

 

Sucumbi e venci em diversos processos que patrocinei em defesa dos necessitados e necessitadas. Jamais sob o fundamento de uma mentalidade conservadora, pró-status quo ou pró-impunidade. Sucumbi frente ao silogismo levado a efeito pelo juiz, pela sua avaliação soberana frente aos fatos e a lei, e diante das provas que pude carrear ao processo.

 

Quando venci, venci porque a verdade demonstrada sempre esteve do meu lado. Digo “demonstrada”, porque a verdade indemonstrada, assim como a mentira – da qual nunca fiz uso – , padeceu frente à convicção íntima dos honestos e corajosos juízes com quem trabalhei.

 

A vida é permeada de heróis e vilões, mocinhos e bandidos. Em nossa jornada, há apenas uma única bifurcação. Uma que nos leva ao bem, e outra que nos leva ao mal. Jamais pude classificar esses viajantes da vida, senão como seres humanos, e nada a mais.

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