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Hoje é dia de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do Reino e da Justiça

Hoje é dia de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do Reino e da Justiça

O dia 8 de dezembro é o dia de Nossa Senhora Imaculada da Conceição, a padroeira do Reino e da Justiça, porque hoje também é o dia da Justiça no Brasil. A Imaculada não é só o tipo ontológico (imagem) ou escatológico (telétipo), mas também o tipo ético da Igreja (exemplar). Esse dever, como Maria, esposa “gloriosa, sem mancha nem rugas, mas e irrepreensível” (Ef 5,27). “A decisão mais importante de D. João IV, no que respeita à vida religiosa, consistiu na escolha de Nossa Senhora da Conceição para padroeira do Reino. Assim o declarou no Desembargo do Paço, invocando a obediência dos antigos reis e com a esperança de a Padroeira amparar e defender a coroa dos nossos inimigos”

Imaculada é o ideal feito real. É a expressão da realização dos anelos mais profundos que sobem do coração humano. É a figura do desejo bom que encontrou enfim sua resposta. É o ‘cor inquietum’ que achou em Deus seu repouso.

A Imaculada é na história o espelho da concepção totalmente pura da sabedoria eterna na mente do Altíssimo ( cf Pv 8,22-31). Maria é a primeira criatura ‘concebida’, na pureza mais absoluta, pela Mente divina através do Verbo eterno. E porque a Virgem, no plano de Deus, vem antes de Eva. Ela representa o ‘protótipo’ humano por excelência. Em Maria, a criação é partejada e repartejada em pureza total.

A Toa pulchra realiza também o ideal para o qual os gregos, mais que qualquer outro povo, tenderam com todas as forças. A imaculada é convite à ‘busca apaixonada da beleza espiritual’.

Mas, Nossa Senhora Imaculada da Conceição é a padroeira do Reino de Portugal e da Justiça brasileira, porque o dia da Justiça é igualmente comemorado nesta data, é uma coincidência que tem a ver com o sentido maior da justiça, que é de enxergar todos com espírito de justeza, benevolência e misericórdia divina.

A PADROEIRA DO REINO

Nas cortes celebradas em Lisboa no ano de 1646 declarou el-rei D. João IV que tomava a Virgem Nossa Senhora da Conceição por padroeira do Reino de Portugal, prometendo-lhe em seu nome, e dos seus sucessores, o tributo anual de 50 cruzados de ouro.

Ordenou o mesmo soberano que os estudantes na Universidade de Coimbra, antes de tomarem algum grau, jurassem defender a Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Não foi D. João IV o primeiro monarca português que colocou o reino sob a protecção. da Virgem, apenas tornou permanente uma devoção, a que os nossos reis se acolheram algumas vezes em momentos críticos para a pátria. D. João I punha nas portas da capital a inscrição louvando a Virgem, e erigia o convento da Batalha a Nossa Senhora, como o seu esforçado companheiro D. Nuno Alvares Pereira levantava a Santa Maria o convento do Carmo. Foi por provisão de 25 de Março do referido ano de 1646 que se mandou tomar por padroeira do reino Nossa Senhora da Conceição.

Comemorando este facto cunharam-se umas medalhas de ouro de 22 quilates, com o peso de 12 oitavas, e outras semelhantes mas de prata, com o peso de uma onça, as quais foram depois admitidas por lei como moedas correntes, as de ouro por 12$000 réis e as de prata por 600 réis. Segundo diz Lopes Fernandes, na sua Memoria das medalhas, etc., consta do registo da Casa da Moeda de Lisboa, liv. 1, pag. 256, v. que António Routier foi mandado vir de França, trazendo um engenho para lavrar as ditas medalhas, as quais se tornaram excessivamente raras, e as que aquele autor numismata viu cunhadas foram as reproduzidas na mesma Casa da Moeda no tempo de D. Pedro II. Acham-se também estampadas na Historia Genealógica, tomo IV, tábua EE. A descrição é a seguinte: JOANNES IIII, D. G. PORTUGALIAE ET ALGARBIAE REX – Cruz da ordem de Cristo, e no centro as armas portuguesas. Reverso: TUTELARIS RE¬GNI – Imagem de Nossa Senhora da Conceição sobre o globo e a meia lua, com a data de 1648, e; nos lados o sol, o espelho, o horto, a casa de ouro, a fonte selada e arca do santuário. O dogma da Imaculada Conceição foi definido pelo papa Pio IX em 8 de Dezembro de 1854, pela bula Ineffabilis. A instituição da ordem militar de Nossa Senhora da Conceição por D. João VI (V. o artigo seguinte) sintetiza o culto que em Portugal sempre teve essa crença antes de ser dogma. Em 8 de Dezembro de 1904 lançou-se em Lisboa solenemente a primeira pedra para um monumento comemorativo do cinquentenário da definição do dogma. Ao acto, a que assistiram as pessoas reais, patriarca e autoridades, estiveram também representadas muitas irmandades de Nossa Senhora da Conceição, de Lisboa e do país, sendo a mais antiga a da actual freguesia dos Anjos, que foi instituída em 1589.

Transcrito por Manuel Amaral

Nossa Senhora da Conceição com a Coroa Real de D. João IV

Proveniente da antiga Sé Primacial do Brasil. Pelo movimento ascensional e pelo cortejo de anjos que a elevam, poderia ser uma Nossa Senhora da Assunção a deste grande relevo octogonal. A coroa real, porém, é para lembrar que D. João IV dedicou Portugal e os seus domínios, por Decreto de 24 de março de 1646, à Conceição; também os cabelos soltos e compridos, de solteira, estão mais de acordo com o tipo físico da Conceição. “A decisão mais importante de D. João IV, no que respeita à vida religiosa, consistiu na escolha de Nossa Senhora da Conceição para padroeira do Reino. Assim o declarou no Desembargo do Paço, invocando a obediência dos antigos reis e com a esperança de a Padroeira amparar e defender a coroa dos nossos inimigos” (Joaquim Veríssimo Ferrão).

Fonte de pesquisa : Mariologia social, Clodovis M. Boff, OSM

Redação

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Foto: divulgação da Web

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