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Descaso e morosidade na justiça pernambucana foram denunciados na audiência do CNJ

Aos prantos, a dona de casa denunciou uma magistrada pernambucana por ter, segundo ela, humilhado seu marido, detido há um mês. A juíza teria ironizado o fato dele não saber ler nem escrever.

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Morosidade no andamento de processos, descaso, humilhações junto a magistrados e falta de atendimento a questões que melhorem e valorizem a situação funcional dos servidores do Judiciário foram as principais denúncias feitas pela população à Corregedoria Nacional de Justiça durante audiência pública realizada nesta quinta-feira (20/08), em Recife (PE). Um dos destaques da audiência, presidida pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, foi o depoimento da dona de casa Natália de Souza.

Aos prantos, a dona de casa denunciou uma magistrada pernambucana por ter, segundo ela, humilhado seu marido, detido há um mês. A juíza teria ironizado o fato dele não saber ler nem escrever. “Não era um cachorro que estava ali, para participar de uma audiência, mas sim um ser humano. Peço a ajuda de vocês, do CNJ, para resolver o descaso com que meu marido vem sendo tratado na cadeia e pedir mais respeito”, ressaltou.

Proveniente do município de Sanharó, Maria de Lourdes Leite foi outra cidadã que chamou a atenção das pessoas presentes à audiência, ao falar sobre a falta de apoio para enfrentar provocações relacionadas ao assassinato do irmão, que era agricultor rural. Conforme contou, os assassinos foram soltos recentemente da prisão e, após isso, a família tem recebido diversas ameaças de morte. Mas tudo o que conseguiu, como apoio, foi a instalação, na sua casa, de câmeras de TV e uma cerca, por parte de entidades de defesa dos direitos humanos. “Tudo o que eu quero é que se faça Justiça, pois estas pessoas passam pela nossa casa rindo e acenando para nós, numa verdadeira provocação”, ressaltou.
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Escreventes –

Também participaram da audiência servidores como  Maria de Fátima de Roy. De acordo com ela, hoje um magistrado em Pernambuco recebe melhor que no ano 2001. “Os salários dos servidores não acompanharam esses aumentos que os magistrados tiveram nos últimos anos”, reclamou. Na mesma linha, Marcelo Adriano de Brito Barbosa afirmou que, hoje, Pernambuco vive “uma situação lamentável de falta de uma política de valorização dos servidores do Judiciário”.
[/b]Outro destaque foi observado durante apelo feito pela escrevente Madalena Lima, que denunciou a situação precária e de dificuldade financeira observada atualmente em relação aos escreventes dos cartórios extrajudiciais.”Somos  concursados e, no entanto, não temos direito ao instituto de previdência dos servidores públicos do estado.Trabalhamos por produtividade: se ficarmos doentes e não pudermos trabalhar por uma semana, perderemos o equivalente ao salário dessa semana. É um absurdo”, reclamou. Ela levou até o fórum a  senhora Milde Valença Villar Rocha, de 73 anos, também escrevente, hoje vivendo presa a uma cadeira de rodas e passando por dificuldades financeiras.[/color]

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