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PF apreende documentos na casa de neto de desembargador em MT

Foram apreendidos documentos e eletrônicos no escritório e na casa dele. Apreensões fazem parte da Operação Ararath, contra crimes financeiros.

Por Robson Alex , MT Agora | 2013/11/27 13:00

Agentes apreenderam mais de R$ 300 mil em dinheiro na primeira fase da operação Pollyana Araújo
Agentes apreenderam mais de R$ 300 mil em dinheiro na primeira fase da operação

Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Federal nesta quarta-feira (27) na residência e no escritório do bacharel em direito Tiago Vieira de Souza Dorileo, neto do desembargador doTribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), Ernani Vieira de Souza, já falecido. As apreensões foram realizadas em Cuiabá em continuidade da Operação Ararath, deflagrada no dia 12 deste mês para combater crimes contra a administração pública e de lavagem de dinheiro

O G1 tentou, mas não conseguiu localizar o bacharel em direito para que pudesse se manifestar sobre os mandados cumpridos na casa e no escritório dele.

Segundo a PF, foram apreendidos documentos e mídias eletrônicas, como HD externo de computadores, notebooks e celulares. Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) e devem embasar as investigações da Polícia Federal acerca de um suposto esquema de lavagem de dinheiro usando factorings de fachada, alvo da operação. Porém, não foram informados detalhes de qual seria a participação de Tiago Dorileo no caso.

Na segunda-feira (25), outros mandados foram cumpridos nas casas do juiz da Primeira Vara Federal de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva, e do presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT), Gian Castrillon. O magistrado alegou, por meio de nota, que não tem nenhuma ligação com os crimes investigados.

Na primeira fase da Operação Ararath, a Polícia Federal cumpriu 11 mandados de busca e apreensão em Cuiabá, Várzea Grande e Nova Mutum durante a investigação de um esquema de crimes financeiros e lavagem de dinheiro por meio de factorings de fachada. Durante a operação foram apreendidos R$ 325 mil em duas casas de suspeitos.

Segundo a PF, o esquema começou a ser investigado em 2011 e durante os trabalhos foi identificado que o grupo usava as factorings como fachada para a concessão de empréstimos a pessoas físicas e jurídicas do estado, por meio de uma empresa com sede em Várzea Grande, que encerrou as atividades no ano passado.

Porém, as empresas não tinham autorização do Banco Central para a concessão de empréstimos, bem como para exigir garantiras e exercer qualquer atividade de institutição financeira. O dinheiro era movimentado nas contas das factorings e de outras empresas dos integrantes do esquema, entre elas de uma rede de postos de combustíveis de Cuiabá. Em seis anos, foram movimentados mais de meio bilhão de reais, conforme a polícia.

Fonte: MT Agora – G1

 

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