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Servidores fantasmas ganham no Senado sem trabalhar

A relação dos funcionários que ignoraram o recadastramento "caça-fantasmas" do Senado confirma suspeita que paira sobre a Casa: servidores recebem salários sem trabalhar.

A relação dos funcionários que ignoraram o recadastramento “caça-fantasmas” do Senado confirma suspeita que paira sobre a Casa: servidores recebem salários sem trabalhar. O Estado teve acesso a nomes que não deram sinal de vida até agora e identificou casos de servidores desconhecidos nos gabinetes e que não cumprem expediente.
O jovem capixaba Lincoln Pereira Uzai Silva, 22 anos, é lotado na liderança do PR há quatro anos. Ele ganhou o emprego do senador Magno Malta (PR-ES), mas ninguém o conhece em Brasília nem no escritório político em Vitória. A funcionária Wanda de França Avelino foi nomeada em 15 de março de 2007 para trabalhar no gabinete do senador João Vicente Claudino (PTB-PI), da Mesa Diretora.
Ontem, em horário de expediente, a reportagem a localizou, trabalhando num restaurante de um shopping de Teresina. Por duas vezes, procurada no escritório do senador, a resposta dada ao Estado foi a mesma: ela não trabalha lá.
Os dois fazem parte da lista dos 88 servidores que tiveram salários bloqueados pela primeira secretaria do Senado porque nem começaram o recadastramento, iniciado há dois meses. Outros 415 só preencheram parcialmente os dados. Todos terão até semana que vem para regularizar a situação.
[b]Assistente parlamentar trabalha em seu restaurante
Na tarde de ontem, durante horário de expediente do Senado, a funcionária Wanda de França Avelino comandava seu restaurante Toscana, no Shopping Riverside, no bairro Jockey Clube, em Teresina. No escritório do senador João Vicente Claudino (PTB-PI), na capital do Estado, foi passada a informação de que ela não trabalhava para o parlamentar. No gabinete em Brasília, a mesma informação. “Deve ter sido engano”, disse a telefonista.
Wanda foi nomeada em abril de 2007 como assistente parlamentar com o salário de R$ 1,7 mil. Foi ela própria quem atendeu ao telefonema do Estado no restaurante, conhecido pela comida italiana.
Questionada sobre o recadastramento do Senado, ela informou que “perdeu a vez de fazer”. Afirmou que faz “pesquisas políticas” para o senador e reagiu com irritação ao ser informada de que era desconhecida no escritório de João Claudino. “Isso é problema deles”, afirmou. Logo depois, negou-se a dar mais detalhes de sua atividade como servidora de confiança do Senado. “Não tenho que dar mais informações”, disse.
[b]A 1.270 km de Brasília, Silva até esquece do ”emprego”
Em dezembro de 2005, Lincoln Pereira Uzai Silva foi nomeado para trabalhar na liderança do PL (atual PR) no Senado, com salário de R$ 2,6 mil. Ontem, o Estado o localizou em sua casa, na cidade de Serra do Espírito Santo, a 30 minutos de Vitória e a 1.270 quilômetros de Brasília.
No começo da conversa, ele afirmou: “No momento, estou procurando um emprego. Por enquanto, estou parado.” Logo depois, questionado sobre a lotação na liderança do PR, confessou: “Estou com o senador Magno Malta (PR-ES).” A reportagem telefonou para o escritório regional do senador e perguntou por Lincoln. “Não tem ninguém aqui com esse nome”, disse a secretária. Em Brasília, a mesma resposta foi dada por funcionários da liderança do PR e do gabinete do próprio senador.
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