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Petrobras: Empresas investigadas pela PF doaram R$ 122 mi à campanha

Mesmo investigadas pela Polícia Federal (PF) no esquema de lavagem de dinheiro que teria desviado R$ 10 bilhões, empresas sob suspeita mantiveram doações para partidos e candidatos nesta eleição. De acordo com dados disponíveis no sistema de prestação de contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pelo menos sete das empresas investigadas na Operação Lava Jato doaram R$ 122,3 milhões aos diretórios nacionais de vários partidos que, posteriormente, repassaram parte dos recursos para os candidatos em todo o país.

As empresas aparecem em uma caderneta do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa (foto), que confirmou, em delação premiada, o pagamento de propina a políticos em troca de contratos de empresas com a Petrobras. Em 2010, as empresas que aparecem na investigação gastaram R$ 412 milhões na campanha. Os números atuais ainda podem mudar com a prestação final de contas.

No estado

No Paraná, quatro candidatos a deputado federal – três deles disputando a reeleição – e oito candidatos a deputado estadual receberam pouco mais de R$ 1 milhão de três empresas. O dinheiro chegou por meio dos diretórios nacionais do PP e do PT e foi redistribuído entre candidatos dos dois partidos, além de um candidato do Pros e outro do PSC.

De acordo com o TSE, o PP direcionou a candidatos no estado, entre outras, doa­ções de R$ 880 mil oriundas da Galvão Engenharia e de R$ 100 mil da Queiroz Galvão Alimentos, do mesmo grupo da construtora Queiroz Galvão, esta última citada na investigação. O maior beneficiado foi o presidente estadual do partido, deputado Nelson Meurer, que recebeu R$ 250 mil. Na sequência vêm os deputados Ricardo Barros (R$ 180 mil) e Dilceu Sperafico (R$ 150 mil). Os três são candidatos à reeleição para a Câmara Federal.

O ex-prefeito de Man­daguari Cyllêneo Pereira Jr., o Cileninho, foi beneficiado com R$ 100 mil. Ainda pelo PP, receberam da Galvão Engenharia os candidatos Marco Andreotti, de Maringá (R$ 60 mil); José Ronaldo Ferreira, o Ronaldão do Povo, de Irati (R$ 50 mil); Rubens Franzin, o Rubão, vereador em Arapongas (R$ 40 mil); Sérgio Baroncini, de Ponta Grossa (R$ 25 mil); e Tito Santini, de Prudentópolis (R$ 25 mil).

Já a doação de R$ 100 mil da Queiroz Galvão foi direcionada integralmente para o maringaense Ricardo Barros. Tesoureiro nacional do PP e ex-secretário de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul do governo Beto Richa (PSDB), Barros repassou parte do dinheiro para candidatos de outros dois partidos: R$ 50 mil para o vereador de Curitiba Tico Kuzma (Pros) e R$ 20 mil para o ex-presidente do Instituto das Águas do Paraná, autarquia vinculada à Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Márcio Nunes (PSC), ambos candidatos a deputado estadual.

Já o deputado estadual Ênio Verri (PT), candidato a uma vaga na Câmara Federal, recebeu R$ 95 mil da empreiteira Andrade Gutierrez, também citada na investigação. A doação veio por meio do diretório estadual do PT.

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