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Parentes de Arruda compram R$ 1,3 milhão em imóveis

Sogra, mulher e filhos de Arruda compram R$ 1,3 milhão em imóveis

A recente expansão do patrimônio imobiliário do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (ex-DEM), se estende a agregados da família. São imóveis comprados – com valores declarados bem abaixo dos preços de mercado – desde a vitória de Arruda nas eleições de 2006. Só em 2009, a atual sogra do governador, a professora aposentada Wilma Vitoriana de Mello Peres, comprou dois apartamentos em Águas Claras, o mais novo paraíso dos investimentos no mercado imobiliário de Brasília.
Dois filhos do governador – um deles estudante – compraram outros dois apartamentos na região recentemente. E a primeira-dama, Flávia Arruda, registrou em março a propriedade de um imóvel no mesmo prédio em que a mãe fez negócio. Juntos, esses cinco imóveis valem, pelo menos, R$ 1,3 milhão.
Primeira-dama diz que seus bens estão declarados
Procurada pelo Estado, a primeira-dama, Flávia Arruda, informou, por meio da assessoria de imprensa do governador, que seus imóveis estão declarados à Receita Federal. Ela disse que não comprou nenhum imóvel depois da união com o governador José Roberto Arruda, embora a escritura tenha sido registrada no dia 16 de março do ano passado. Flávia vive com Arruda desde 2007.
“A Sra. Flávia Arruda esclarece que possui uma quitinete no referido endereço, e a casa onde reside, bens adquiridos ainda durante o seu primeiro matrimônio e constantes de sua declaração de rendimentos entregue à Receita Federal. Depois de sua união com José Roberto Arruda não foi adquirido nenhum bem imóvel”, afirma a assessoria.
Marido da sogra é citado em grampo
repasse de dinheiro supostamente proveniente do esquema de corrupção no governo do Distrito Federal a Heraldo Paupério, marido da sogra do governador José Roberto Arruda, é tema de um das gravações feitas pelo ex-secretário Durval Barbosa. Em conversa gravada em 23 de outubro deste ano, com autorização do Superior Tribunal de Justiça, Arruda pergunta se Paupério ainda estava advogando para Durval. Diante da resposta positiva, o governador demonstra surpresa quando o ex-secretário lhe diz que já havia dado R$ 400 mil a Paupério. Em seguida, Arruda faz uma confidência: diz que sua sogra, Wilma Peres, vinha reclamando do fato de outros advogados, como o ex-procurador-geral da República Aristides Junqueira, terem sido contratados para defender Durval Barbosa.
“Ele (Paupério) não toca no assunto comigo. A minha sogra reclama. Reclama do tipo assim, como seu tivesse sido responsável por ter botado o Aristides e tirado ele (Paupério)”, diz o governador. Em seguida, Arruda pergunta: “Nós devemos a ele?”. Durval diz: “Uns R$ 100 mil”. O governador, então, decide: “Vamos pagar, então, vamos?”. O dinheiro seria retirado de um lote que Durval havia acabado de receber, como propina, de empresas de informática. “Cem você paga o Heraldo e o resto é seu”, diz Arruda.
”Minha mulher não tem nada a ver com o governador. Ela trabalhou a vida inteira”
Em entrevista ao Estado, o advogado Heraldo Paupério negou-se a esclarecer a origem do dinheiro dos imóveis comprados por sua mulher, Wilma Peres, sogra do governador José Roberto Arruda. “Isso não interessa a vocês”, afirmou. Paupério é padrasto da primeira-dama, Flávia Arruda, e foi advogado de Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais e delator do esquema de corrupção no DF.
O Estado conversou com Paupério na quarta-feira. Ele estava no Rio de Janeiro com a mulher. Foi Wilma quem atendeu ao telefonema – ficou nervosa ao ser indagada sobre os imóveis e passou o aparelho para o marido. Irritado, disse que abandonou Barbosa ao descobrir que ele fizera acordo com a Promotoria.
 

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