A TARDE teve acesso, através de três fontes diferentes, a processo de 1.030 páginas do Serviço de Inteligência da Secretaria da [url=http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1352971]Segurança[/url]. Escutas telefônicas da Operação Expresso autorizadas pela Justiça apontam para uma briga, nos bastidores, entre [url=http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1352971]empresários[/url] de ônibus e as construtoras Odebrecht e OAS pela execução e gestão do projeto de vias exclusivas para ônibus em Salvador. Os dois grupos disputaram a obra de autoria da prefeitura, orçada em R$ 628 milhões, antes mesmo de ser lançada a licitação.
As investigações registram diálogos de Carlos Eduardo Villares Barral, coordenador do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Salvador (Setps), com empresários e autoridades, como o ministro Geddel Vieira. Investigado na Operação por suspeita de envolvimento no esquema de propina na Agência Estadual de Regulação (Agerba), Barral foi flagrado em pelo menos 16 escutas telefônicas, articulando a disputa para ganhar o projeto.
Nas gravações, o [url=http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1352971]advogado[/url] pede ajuda ao ministro Geddel Vieira Lima e ao radialista Mário Kertész, na disputa com a OAS e a Odebrecht. Dono da Rádio Metrópole, Kertész mantém relações com Barral desde que comprou do advogado o antigo Jornal da Bahia, em 1990. O contato com Geddel, seria uma tentativa de Barral buscar apoio político, de acordo com o inquérito policial.