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Cesar Brito fala na Tribuna de Minas

Em uma das frases abaixo, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Brito, indica o seu desapontamento com as ações que se desenvolvem em Brasília após o escândalo em que autoridades políticas foram flagradas

Em uma das frases abaixo, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Brito, indica o seu desapontamento com as ações que se desenvolvem em Brasília após o escândalo em que autoridades políticas foram flagradas recebendo propinas. No caso, ele se refere ao presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Leonardo Prudente, que voltou ao cargo após ter sido visto em rede nacional escondendo dinheiro na meia. O presidente da OAB tem razão: trata-se de uma ofensa à consciência cívica da Nação.
Junto com as tragédias das chuvas, é desta forma que começamos 2010. No caso das mortes, não há o que fazer, a não ser lamentar profundamente a perda de vidas. No caso do escândalo, é preciso redobrar a indignação para que esse episódio não se some a tantos outros que passaram impunes ao longo do ano passado. E foram muitos. Na retrospectiva dos eventos que marcaram 2009, fica difícil enumerar o mais grave, pois quase todos envolveram recursos públicos voltados para o interesse particular.
O pior desse enredo – e é aí que reside a indignação – é que não houve punições. O presidente do Senado, José Sarney, disse que deu a volta por cima depois de tantas denúncias de patrimonialismo envolvendo seus parentes e assessores, o Senado virou uma casa de benesses com mais diretores do que parlamentares e a troca de favores no Distrito Federal foi uma vergonha. Mas ninguém foi preso ou induzido a devolver o dinheiro que fomentou todos esses escândalos.
A nova década deve ser pontuada pela virada do jogo. Não faz sentido um país que venceu a inflação, que reforçou suas instituições e amplificou a participação coletiva em suas demandas ainda conviver com a impunidade. Não se trata apenas de um contrassenso, mas também de uma incoerência, pois no momento em que a sociedade ganha espaço, não faz sentido permitir as ações ilícitas, sobretudo daqueles que em nome dela dizem atuar.

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