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Britto propõe pacto e diz que estímulo da corrupção é a certeza da impunidade

O escândalo de corrupção que abala o Distrito Federal há duas semanas pode desencadear um grande movimento nacional por mudanças.

 
O escândalo de corrupção que abala o Distrito Federal há duas semanas pode desencadear um grande movimento nacional por mudanças. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pretende encampar em 2010 um pacto que envolva lideranças dos Três Poderes a fim de combater a corrupção e a impunidade de autoridades públicas. Com a simpatia do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o movimento deverá ter dois principais focos de atuação, considerados pela OAB como responsáveis pela falta de condenação de personalidades envolvidas em desvio de recursos públicos. A primeira frente é cobrar um reforço na estrutura do Judiciário para apressar o julgamento dos processos. Na outra ponta, é pressionar o Congresso Nacional pela aprovação de uma reforma político-eleitoral para coibir o círculo vicioso de financiamento de campanhas por empresas privadas com a contrapartida futura de favores durante o exercício do mandato.
A ideia do presidente nacional da OAB, Cezar Britto, é batalhar por mais servidores e juízes para auxiliarem na tarefa da instrução processual dos crimes de autoridades públicas nos processos de autoridades com foro privilegiado. Um exemplo citado por Britto da agilidade na instrução processual é o julgamento do escândalo do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Joaquim Barbosa, relator do caso, determinou a juízes de primeira instância que colham depoimentos de acusados e testemunhas. Uma lei recém-aprovada permite a convocação de desembargadores e juízes, durante dois anos, para tomar depoimentos e realizar atos instrutórios. É uma forma inteligente porque encurta o dano coletivo ao se dar uma resposta imediata , avalia Britto.
No Legislativo, a entidade deseja combater a corrupção no campo político. Quer lutar pelo financiamento público de campanhas para inibir que candidatos vencedores pratiquem atos ilícitos ou, no mínimo, tráfico de influência para beneficiar empresas doadoras de campanha. Outra sugestão é aprovar um projeto para revogar o mandato de autoridades a partir do voto popular. É o chamado recall, existente nos Estados Unidos.

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