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O prédio do ministério onde o lobby da carne corre solto

O diretor do Ministério da Agricultura move contra a entidade na Justiça do Trabalho.

Seis meses depois da queda do ministro Wagner Rossi por denúncias de tráfico de influência, o lobby prossegue no Ministério da Agricultura. Só mudou de área. O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Luiz Carlos de Oliveira, modificou regras de processamento de carnes bovinas e de aves para favorecer a indústria do setor. Antes de assumir o Dipoa, nomeado por Rossi, Luiz Carlos era contratado pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) “para atuar como negociador perante órgãos públicos, feiras e reuniões”, de acordo com processo trabalhista que o diretor do Ministério da Agricultura move contra a entidade na Justiça do Trabalho.

À frente da diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Luiz Carlos de Oliveira assinou, em agosto e outubro de 2011, duas resoluções e um ofício circular que beneficiam diretamente grandes frigoríficos. As resoluções regulamentam a prática de aspersão de água nas carcaças de bovinos (corpo dos animais abatidos com a carne e ossos, mas sem as vísceras), o que era considerado um crime no país. O ofício libera os fiscais agropecuários de autuarem empresas que não imprimirem detalhes de qualidade da carne nos produtos.

Diretor do Ministério da Agricultura beneficiou empresas de processamento de carnes, mas com um detalhe: antes de assumir o cargo, era contratado por entidade que representa o setor frigorífico

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