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Reunião de setembro do Copom: veja definições do comitê

Confira os principais pontos debatidos e votados na última reunião do Conselho de Política Monetária Nacional

O Comitê de Política Nacional, também conhecido como Copom, é um órgão que integra o Banco Central e que se reúne para definir aspectos importantes da economia nacional, como, por exemplo, a definição da taxa básica de juros da economia, a taxa Selic.

Quando se fala em planejamento financeiro e investimentos, é importante conhecer aspectos e movimentos importantes na economia nacional e global. As reuniões do Copom são baseadas na evolução e nas perspectivas econômicas do Brasil e do mundo, envolvendo análise de comportamento dos mercados e condições de liquidez.

Na 241ª reunião, realizada nos dias 21 e 22 de setembro de 2021, foram debatidos temas envolvendo a conjuntura econômica do país, a inflação, a condução das políticas monetárias, entre outros. 

Atualização do contexto e cenário econômico 

Segundo a ata publicada em 28 de setembro de 2021 pelo Copom, referente à reunião dos dias 21 e 22, o primeiro tema trata da “atualização da conjuntura econômica e do cenário básico do Copom”. 

De acordo com o órgão, a reabertura das principais economias somadas aos estímulos monetários de longa duração ainda apontam para um ambiente econômico favorável aos países emergentes — como é o caso do Brasil. 

A divulgação do PIB do segundo trimestre e os indicadores recentes demonstram que o Brasil segue um cenário de evolução positiva, o que contempla a ideia de recuperação do crescimento econômico no decorrer do segundo semestre. 

Ainda, “as expectativas de inflação para 2021, 2022 e 2023, apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 8,3%, 4,1% e 3,25%, respectivamente”. Até o momento, a inflação ao consumidor é elevada e a alta nos preços dos bens industriais deve permanecer no curto prazo. 

Esse aumento está atrelado principalmente a três questões: repasse de custos, redirecionamento da demanda e restrições de oferta. No que diz respeito aos serviços, eles também sofreram aumentos, atrelados à normalização das atividades do setor, o que já era esperado. 

Na ata, o Copom acrescenta que “persistem as pressões sobre componentes voláteis como alimentos, combustíveis e, especialmente, energia elétrica, que refletem fatores como câmbio, preços de commodities e condições climáticas desfavoráveis.”

Riscos e inflação

Os riscos em torno do cenário básico para a inflação foram debatidos na reunião. Em ata, o Copom aponta que a inflação envolve fatores de riscos em várias direções.

Se, por um lado, uma possível reversão do aumento do preço das commodities em moeda local apontaria para uma trajetória de inflação abaixo do cenário básico, por outro, a continuidade de políticas fiscais em resposta à pandemia — que pressionem a demanda agregada e impactem negativamente na trajetória fiscal — podem aumentar o risco do país. 

Muito embora se tenha observado melhoras nos indicadores de sustentabilidade da dívida pública, “o risco fiscal elevado segue criando uma assimetria altista no balanço de riscos, ou seja, com trajetórias para a inflação acima do projeto no horizonte relevante para a política monetária”.

Condução e decisão da política monetária

Por fim, a discussão sobre a condução e a decisão de política monetária ocuparam uma parte importante da reunião. Segundo o Copom, o ambiente internacional aponta para fatores de risco para crescimento das economias emergentes.

O aspecto de risco está relacionado à redução na projeção de crescimento de economias asiáticas. Os riscos de inflação em economias avançadas podem tornar o ambiente mais desafiador para economias em crescimento, como a do Brasil.

Foram discutidos ainda temas como: evolução da atividade econômica doméstica, evolução do emprego, taxa de desocupação com crescimento da força de trabalho e consequente conclusão de que o mercado de trabalho está em fase de recuperação.  

Com relação à implementação da política monetária, o comitê concluiu que a estratégia mais apropriada neste momento é “a manutenção do atual ritmo de ajuste associada ao aumento da magnitude do ciclo de ajuste da política monetária para um patamar contracionista”.  

Assim, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros de 1 ponto percentual, ou seja, 6,25% ao ano. Essa decisão está baseada no cenário básico, balanço de riscos e todas as informações de mercado disponíveis. 

Em ata, o Copom destaca que, “no atual estágio do ciclo de elevação de juros, esse ritmo de ajuste é o mais adequado para garantir a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante”.

Para as próximas reuniões, que vão acontecer nos dias 26 e 27 de outubro de 2021, o Copom prevê outro ajuste semelhante, que, naturalmente, será alinhado à necessidade de cumprir a meta da inflação. Ele será feito de acordo com a evolução da atividade econômica, as projeções, o balanço de riscos e as expectativas da inflação.

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