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O que é o IPCC sobre mudanças climáticas?

Você está impressionado com o aumento do custo dos alimentos? Veja qual é a relação disso com a catástrofe climática atual e a importância do IPCC!

A alta dos preços dos alimentos no último ano já era esperada por cientistas e pesquisadores que acompanham os efeitos das mudanças climáticas. Agora, está previsto que as estações do ano se tornem mais extremas (tanto o frio quanto o calor), o que traz mudanças significativas para a produção de alimentos e para a sobrevivência das espécies de seres vivos no planeta.

Nesse contexto, cresce a busca por fontes de energia alternativas (ou seja, que não sejam extraídas de combustíveis fósseis) e por conforto climático. Você sabe o que é o IPCC e a importância desta instituição? Veja com detalhes a seguir!

O que é o IPCC

IPCC é a sigla inglesa que pode ser traduzida para português como Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas. Esse órgão foi criado em 1988 pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (ONU Meio Ambiente).

O seu objetivo é fornecer regularmente aos formuladores de políticas, avaliações científicas sobre a mudança do clima, suas consequências e possíveis riscos futuros. Além disso, os pesquisadores e especialistas do IPCC também constroem proposições para mitigar essa mudança. Hoje, este órgão é composto por 195 países membros e o Brasil está entre eles.

A partir de suas avaliações, o IPCC determina o que a ciência sabe sobre a mudança do clima – o que já foi bastante comprovado na literatura científica, o que é consenso e o que precisa ser mais investigado por pesquisas. Os relatórios produzidos pelo IPCC não devem ser prescritivos e devem ser feitos com base para negociações internacionais e criação de estratégias pela comunidade global para evitar a catástrofe climática.

Relatórios

Os relatórios regularmente produzidos pelo IPCC são feitos a partir de contribuições de três Grupos de Trabalho (GT). Eles se dividem sob as seguintes temáticas: Base da Ciência Física (GT 1), Impactos, Adaptação e Vulnerabilidade (GT 2) e Mitigação da Mudança do Clima (GT 3).

Além disso, é produzido um Relatório de Síntese que reúne todas as contribuições feitas pelos GTs e quaisquer relatórios especiais produzidos durante o mesmo ciclo de avaliação. 

As questões levantadas por esses Relatórios Especiais abordam questões definidas pelos países membros do organismo. Já os Relatórios de Metodologia fornecem diretrizes práticas para a formulação de inventários dos gases que intensificam o efeito estufa (sendo o gás carbônico o mais famoso deles, mas não o único).

O relatório mais recente publicado pelo IPCC, em fevereiro de 2022, faz um alerta para a comunidade internacional e aponta que a natureza e os seres humanos estão sendo pressionados além de sua capacidade de adaptação. Os estudiosos avaliam que mais de 40% da população mundial atual é “altamente vulnerável” ao estado do clima.

Vale lembrar que os efeitos das mudanças climáticas são catastróficas não só para animais, mas outros seres vivos, como os corais. Esse grupo tem sofrido com o desaparecimento e mortes devido ao aumento de temperaturas.

Enquanto isso, cerca de 14% das espécies avaliadas pelos integrantes do IPCC correm grandes riscos de enfrentar uma extinção se a temperatura média do planeta aumentar 1,5 graus. Se esse aumento chegasse a 3 graus, a porcentagem de espécies ameaçadas subiria para 29%.

Contudo, os autores deste relatório afirmam que existe um período para que o pior seja evitado, como enchentes e ondas de calor extremas mais duras do que as que eram registradas anteriormente. Vale lembrar que a população global é afetada, mas os que mais sofrem são países mais empobrecidos e com falta de infraestrutura.

O prazo deste período é até 2030. Se as emissões de gases do efeito estufa não forem reduzidas, será difícil limitar a intensificação do aquecimento global no final deste século. 

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