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Mercado de usados cresce na pandemia

Venda de diversas mercadorias seminovas e usadas cresceu consideravelmente durante a pandemia

A pandemia de Covid-19 causou impactos em todas as áreas da sociedade. Além da preocupação com a saúde, houve desdobramentos econômicos importantes, como o crescimento do trabalho remoto e a necessidade de muitos encontrarem uma nova fonte de renda, em decorrência da crise econômica que se estabeleceu.

Uma das alternativas que muitos escolheram foi reavaliar os objetos que tinham em casa e revendê-los. Durante esse período, em que as pessoas precisaram ficar mais tempo em casa, elas perceberam que não precisavam de tudo o que tinham. Assim, houve um aumento na venda de roupas, eletrônicos, móveis e até carros Nissan usados.

Boom no mercado de usados

Um dos desdobramentos da pandemia de Covid-19 foi um aumento significativo de estabelecimentos que comercializam produtos de segunda mão. De acordo com dados do Sebrae, baseado nas informações fornecidas pela Receita Federal, o primeiro semestre de 2021 apresentou um crescimento de 48,58% se comparado com o mesmo período de 2020.

Os dados do Sebrae mostram também que, neste mesmo período, foram abertas 2.104 novas empresas deste segmento desse número, 1.875 eram microempreendedores individuais (MEI). Foi o maior número já registrado nos últimos seis anos, sendo que o levantamento inclui o comércio varejista de livros, revistas, moedas, roupas, utensílios domésticos, móveis e eletrodomésticos, entre outros.

Trata-se de uma tendência mundial que foi apenas acelerada pela pandemia. Uma pesquisa realizada pela ThreadUP, plataforma de revenda de roupas dos Estados Unidos, já mostrava que os valores gerados pelo segmento dobraram desde 2019. A expectativa para os próximos anos continua otimista, podendo triplicar até 2025.

Setor automobilístico

O crescimento na venda de usados também foi perceptível no setor automobilístico. Segundo dados da Federação Nacional das Associações de Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto), os sete primeiros meses de 2021 registraram um aumento de 54,7% em relação a 2020. 

Esse foi o melhor do segmento desde o início da série histórica, de 2003, da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No último ano, foram vendidos cerca de 54.802 veículos seminovos por dia, em média. Esse é um resultado que também mostrou um desempenho melhor do que em 2019, antes da pandemia começar, explicitando um aumento de 7,8%.

Alguns fatores ajudam a explicar esses números. Um deles é que, durante o período pandêmico, muitas pessoas evitaram utilizar o transporte público por motivos de proteção. Ao mesmo tempo, a pandemia contribuiu para a crise de suprimentos de fabricação de novos automóveis, como os semicondutores.

Com isso, houve a redução na produção de veículos no mundo todo. Uma pesquisa feita pela consultoria BCG mostrou que o mercado mundial deixou de produzir entre 10 a 12 milhões de novos veículos em 2021. No caso do Brasil, foram cerca de 300 mil novos automóveis que não foram fabricados.

O resultado desse cenário foi o aumento agressivo dos carros 0 Km. Por isso, muitas pessoas optaram por comprar veículos usados, com uma grande preferência entre modelos que tinham entre 1 e 4 anos. 

Esse movimento também causou um aumento no valor dos modelos usados, com alguns deles chegando a valorizar cerca de 20%. Para entender o fenômeno, o comum neste mercado é que os automóveis tenham uma desvalorização entre 15% a 20% após um ano de uso.

Um levantamento feito pela KBB apontou que os veículos fabricados entre 2011 e 2017, em média, tiveram uma valorização de 10%. Já os modelos de 2018 contaram com um reajuste ainda maior, de 12%. Entretanto, segundo especialistas, essa valorização não deve ser duradoura, à medida que a indústria se recupera e a pandemia se torna mais branda.

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