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Crescem a produção e a venda de veículos não movidos a combustível

Veja alguns dos principais fatores que explicam a alta da produção e da venda de bikes e carros elétricos no Brasil.

Há décadas, cientistas de todo o mundo apontam a intensificação do aquecimento global, o que coloca todas as espécies de seres vivos em risco. Nesse contexto, cresce a busca por outras formas de produção e de consumo que não intensifiquem a emissão de gases poluentes como o dióxido de carbono, um dos que mais intensificam o aquecimento global.

Desde o início da pandemia, outros fatores começaram a se somar à preocupação com as emissões de carbono, tais como o aumento do preço dos combustíveis e da inflação como um todo. Isso ajuda a entender o aumento do uso de bicicleta na cidade. Veja mais detalhes, a seguir, sobre esse fenômeno.

Estatísticas

Dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) apontam que houve, no último ano, um aumento da produção e da venda de veículos não movidos a combustível, como carros elétricos e, principalmente, bicicletas.

Vale ressaltar que, além das convencionais, houve um crescimento de 2% da produção e venda de bikes elétricas. Embora isso pareça um crescimento pequeno, representa um crescimento maior do que os outros segmentos de bicicletas.

Enquanto o mercado de bikes deve crescer 17,4% em 2022, o setor de veículos elétricos deve ter 80% de crescimento neste ano, segundo a Associação Brasileira dos Veículos Elétricos (ABVE). Essa associação ainda aponta que, somente em janeiro de 2022, o aumento de carros elétricos foi de 34%.

A associação afirma que as vendas de veículos elétricos no Brasil obtiveram um aumento de 147% em fevereiro deste ano em relação ao mesmo mês em 2021, o equivalente a 1.389 veículos elétricos, e 34% de aumento sobre janeiro deste ano, o que equivale a 2.558.

Razões do crescimento

Analistas da área apontam algumas possíveis razões para tal crescimento. Um deles é a busca das pessoas por atividades fora de casa. Isso ocorreu sobretudo no início da pandemia, quando a impossibilidade de se reunir com outras pessoas e em lugares fechados motivou a busca por atividades ao ar livre. 

Nesse viés, as bicicletas se tornaram estratégicas, pois podem ser usadas como meio de transporte (em parte do caminho ou em sua totalidade) e oferecem a possibilidade de praticar atividade física, o que se tornou um ponto fundamental para lidar com o distanciamento social e com a necessidade de cuidar da saúde.

Outro fator relevante para entender esse processo é o custo. Em um primeiro momento, investir em um carro elétrico parece mais caro do que em um automóvel movido a combustível. 

Porém, ao analisar manutenção, impostos e custos para encher um tanque, é possível montar que os carros elétricos podem ser uma ótima opção a longo prazo — enquanto um tanque cheio de combustível pode sair, em média, R$ 250, tal custo reduz para cerca de R$ 15 em relação aos carros elétricos.

Outro fator essencial para compreender o fenômeno é o aumento da inflação, que se agravou desde o início da COVID-19 em escala global. Esse aumento impactou os mais diversos setores, inclusive o automobilístico, ocasionando a chamada “inflação do carro”, que encareceu não só automóveis e combustíveis, como também peças, serviços relacionados ao setor e tarifas públicas, como licenciamento e multas. 

Nos últimos 12 meses, a inflação do carro registrou um aumento de 17%, segundo cálculos da Fundação Getúlio Vargas (FGV). É importante lembrar que as indústrias do setor já sofriam falta de insumos nos anos imediatamente antes do início da pandemia. Com a COVID-19, esse processo se intensificou ainda mais, o que provocou o fechamento de muitas indústrias de base. Junto à alta do dólar, isso encareceu os produtos e tornou o mercado internacional mais atrativo.

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