Foram sete meses de aumentos e finalmente começam a chegar as promoções: um alívio.
“Há muito tempo não encontro a menos de R$ 2. Já deve ter mais de seis meses”, calcula uma consumidora.
Substituir este alimento não é tarefa fácil. A nutricionista Márcia Simas aconselha reforçar a quantidade de folhas de verde bem escuro, que possuem cálcio. Se o quilo do queijo sair por menos de R$ 10, a troca também vale.
“Um copo de leite, de 200 ml, pode ser substituído por 50g / 60g de queijo minas, queijo branco ou três fatias de um queijo amarelo, queijo prato, por exemplo”, sugere a nutricionista.
O aumento acumulado do leite neste ano chega a 41%. “É possível que ele [leite] encontre algum espaço para queda mesmo. Mas essa queda vai ser gradual e possivelmente não vai voltar ao preço anterior, por volta de R$ 1,80, R$ 1,90”, prevê o economista André Braz.
O preço do leite em pó subiu menos. Os aumentos foram em média de 5% desde o início do ano. Uma mudança de hábito representar uma economia. Latas ou saquinhos com 400g de leite em pó rendem quatro litros. Assim, cada litro fica cerca de 30% mais barato do que o leite de caixinha. Sem prejuízo para a alimentação.
“Tem a mesma composição nutricional, tem a mesma qualidade, o mesmo teor de cálcio. Então tanto faz a pessoa ingerir o leite longa vida, o leite líquido, ou o leite em pó”, diz a nutricionista Márcia Simas.
Eufrásia passou a tomar leite em pó e notou a economia: “A lata dá para uma semana e ainda sobra”. Mas o sabor faz ela ter saudades da infância: “Do leite fresco, tirado da vaca na hora. Eu fui acostumada, né?”
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